O assunto não é novo e já foi abordado em A VOZ DA SERRA em outubro do ano passado. Incomodados com a situação, moradores de Olaria procuraram novamente o jornal. Trata-se de um movimento de terra realizado no leito do Rio Cônego, nas proximidades da ponte do Roseiral, que provocou o aparecimento de uma “ilha”. Em consequência, a água do rio foi desviada e os moradores do Parque das Magnólias temem que em épocas de cheia o condomínio possa ser invadido.
O problema está mais evidente em frente ao apartamento de uma moradora do condomínio Parque das Magnólias, que prefere não ter seu nome divulgado. Ela questiona a concessionária Águas de Nova Friburgo e a Subprefeitura de Olaria pela situação. Segundo seu relato, no mês de outubro de 2014 a concessionária realizou uma operação de aferição do nivelamento dos interceptores de esgoto no Rio Cônego. Para essa operação foi utilizada uma máquina retroescavadeira para remoção da terra que cobria a tubulação. Essa terra, conforme afirma a moradora, após ser removida, ficou depositada no meio do rio criando a “ilha”, onde o mato cresce cada vez mais, o que também ocorre nas margens do rio.
A moradora questiona a concessionária pois esta assumiu o compromisso de capinar as margens do rio (e deveria também, em seu julgamento, cortar o mato da tal ilha). A pergunta também é dirigida ao subprefeito de Olaria, que chamou para si a responsabilidade de cortar o mato do rio. Ambas as afirmações foram publicadas na reportagem de outubro do ano passado. “Esse descaso das autoridades incomoda os moradores do Magnólia”, afirma a moradora. Ela sugere uma ação conjunta da Subprefeitura de Olaria e Águas de Nova Friburgo para solucionar de vez o problema.
PREOCUPAÇÃO COM O DESVIO DA ÁGUA – O síndico do condomínio Parque das Magnólias, Patrick Faez, confirma a versão da moradora. Para que o serviço de instalação dos coletores-tronco fosse realizado, em outubro do ano passado, ele consentiu que a retroescavadeira passasse por dentro do condomínio para acessar o leito do rio. Além da sensação de serviço mal executado e o aparecimento da ilha, a cerca não foi refeita.
Atualmente, época de estiagem e pouca água, esse desvio do rio não amedronta. Mas fica a preocupação para o verão, quando há chuvas fortes e uma eventual cheia do rio. O síndico também aguarda providências ou da concessionária ou da Subprefeitura para que essa terra seja espalhada pelo leito do rio — como em outros trechos, inclusive próximo à ponte do Roseiral — a fim de permitir que a água possa fluir sem causar danos aos moradores — ou, pelo menos, que desfaça a preocupação reinante no local.
SUBPREFEITURA E CONCESSIONÁRIA – O subprefeito de Olaria, Denilson Breder, acompanhou a reportagem ao local e repetiu o que disse em outubro de 2014: que a responsabilidade sobre a operação realizada no Rio Cônego e suas consequências é realmente da concessionária Águas de Nova Friburgo. Ele se comprometeu apenas a roçar o mato do rio.
Já a Águas de Nova Friburgo afirmou, através de nota, que a manutenção realizada em outubro de 2014 não movimentou terra para o leito do rio e nem alterou o curso do Rio Cônego.
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