O desenvolvimento sustentável da agricultura é o começo de uma cadeia que vai muito além das porteiras das propriedades rurais, beneficiando milhares de pessoas. Isso ficou evidente nas palestras apresentadas, na última quarta, 13, por profissionais do setor, na abertura do pavilhão do governo na Rio+20, na cidade do Rio de Janeiro.
Como parte das atividades, a pesquisadora da Pesagro-Rio em Nova Friburgo, Maria Fernanda Fonseca, apresentou um panorama sobre a agricultura orgânica no Brasil e no Rio de Janeiro. Ela ressaltou a importância dos circuitos curtos de comercialização, como as feiras locais, para reduzir os custos com a distribuição dos alimentos e evitar desperdícios.
O Programa Rio Rural foi mencionado como de grande importância para incentivar os moradores rurais—principalmente jovens—a permanecer no campo, garantindo assim a propagação das práticas sustentáveis. Por meio de apoio técnico e financeiro, o programa incentiva o cultivo agroecológico nas comunidades das microbacias hidrográficas, além de promover ações de sensibilização e orientação quanto aos riscos do uso de agrotóxicos nas lavouras.
Na palestra também estava presente, a “ecochef” Teresa Corção, do Instituto Maniva, que faz parte de um grupo de profissionais da gastronomia atuantes em projetos educacionais e ambientais. “A rede incentiva a apreciação dos alimentos saudáveis e promove a interlocução entre a alta culinária e os agricultores”, explicou a chef. Ela ressaltou que a gastronomia e a agricultura devem ser parceiras e que o ecochef se preocupa em escolher alimentos produzidos com cuidado pela agricultura familiar.
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