Eloir Perdigão
O presidente da Associação Friburguense de Pais e Amigos do Educando, Jorge Wilson Soares Vieira, afirmou que a situação do prédio pertencente à instituição, situado na Vila Amélia, onde por muitos anos funcionou a delegacia de polícia—recentemente desocupado com a inauguração da delegacia legal, situada entre o Sesc e o 11º Batalhão de Polícia Militar—ainda não foi devolvido. E o mais agravante: tem uma dívida acumulada de mais de R$ 100 mil.
De acordo com Wilson, o prédio era alugado pelo governo estadual e o aluguel tinha o caráter alimentar—a instituição serve café da manhã, almoço, café da tarde e jantar aos seus alunos. Em todo ofício do presidente ao delegado titular eram mencionados os aluguéis atrasados. Hoje o governo do estado deve de aluguel da antiga DP cerca de R$ 100 mil à Afape. Wilson já expôs a situação também ao delegado regional e até agora tudo permanece de forma inalterada.
Advogado, o presidente da Afape lamenta a situação e comenta que não gostaria levar o caso para a Justiça. “Esse aluguel tem caráter alimentar e eu tenho certeza que a Justiça não vai indeferir isto”. Para Wilson, a devolução deveria ser feita através de ofício tratando do assunto. “Ele fez um distrato do aluguel para a Secretaria estadual de Segurança e como cláusula resolutiva incluiu que bastava, para tanto, a indenização com o valor dos aluguéis atrasados”, afirma.
Os aluguéis da antiga DP são devidos à Afape desde 2003. Nesse período, segundo Wilson, os delegados já foram trocados várias vezes—chegaram a ser trocados cinco vezes dentro de um ano—, constituindo-se em mais um imbróglio que carece de solução pelo governo do estado em Nova Friburgo.
Enquanto isso, a Afape segue sua rotina de dificuldades, como por exemplo, a aparelhagem antiga de neurocirurgião com um computador que não se encontra mais peças. Não adianta ter um computador de última geração que não haverá contato e ela não vai funcionar. É preciso comprar uma aparelhagem nova, que custa R$ 60 mil, que esse aluguel atrasado ajudaria muito na sua aquisição.
Jorge Wilson está disposto a conversar com algum representante da Secretaria estadual de Segurança a fim de saber o que pode ser feito da parte deles. “Dever, eles devem. É dívida e eles não vão negar. Agora tem que partir deles. A minha parte eu já fiz: todo mês eu mostrava a eles a inadimplência, e como cláusula resolutiva para o distrato, eu pedi que eles pagassem o aluguel atrasado”, expõe.
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