Com os crescentes casos de coqueluche no país, muito se tem falado da importância da vacinação infantil. Não à toa, pois ela é uma poderosa arma para prevenir doenças que atingem nossas crianças. Mas adultos precisam de imunização também. “Um pai, mãe ou outro adulto que convive com a criança e que não esteja vacinado, pode adquirir uma coqueluche. E, por outro lado, um adulto que não atualizou sua vacina contra coqueluche, pode, mesmo sem apresentar a doença, hospedar a bactéria em sua garganta e transmiti-la a uma criança”, explica o médico Sylvio Renan Monteiro de Barros, da MBA Pediatria, com mais de 30 anos de atuação em pediatria e especialista pela Unifesp/EPM e pela Sociedade Brasileira de Pediatria.
Geralmente, a ideia é que as imunizações não são apenas para crianças ou, mais recentemente no Brasil, para idosos, com foco na gripe. A necessidade de vacinação não termina quando atingimos a idade adulta. Ela se faz necessária para nos mantermos saudáveis, até porque, com o tempo, a imunidade das vacinas infantis diminui e corre-se o risco de se adquirirem doenças às quais já havíamos sido imunizados.
Algumas doenças infecciosas ocorrem sazonalmente, inclusive no verão, embora com maiores índices na primavera e no inverno. Por serem muitas delas evitáveis através do mecanismo da imunização passiva, todo cidadão deveria ter sua carteira de vacinação atualizada desde o nascimento até o fim de sua vida, contribuindo para uma menor disseminação de tais doenças em seu meio social.
“O adulto quando está vacinado, tem uma maior proteção contra doença, bem como aqueles que convivem ao seu redor e, especialmente, bebês e crianças que ainda serão vacinados contra uma série de doenças”, explica o médico, enfatizando que, além dos pais, avós, professores, cuidadores e outros têm um motivo a mais para se vacinarem. “É natural que adultos vacinados estarão também diminuindo o risco destas doenças virem a atingir as crianças. É outra uma forma proteção”.
Além das vacinas que recebeu durante a infância, uma pessoa adulta deve ser vacinada, ou receber reforços de vacinas já tomadas, rotineiramente contra diversas doenças, entre elas a da difteria, da coqueluche e do tétano, a cada 10 anos, com o objetivo de manter sua memória imunológica. O médico ressalta ainda que existem diversas vacinas que os adultos também necessitam para uma maior proteção, como as contra meningite C, hepatites A e B, HPV (doença sexualmente transmissível), vírus influenza (gripe epidêmica) e varicela, conhecida popularmente como catapora, que é altamente contagiosa para crianças, adolescentes e adultos.
“A prevenção é o melhor combate às doenças. Todo adulto deve procurar seu médico ou uma clínica de imunizações. Assim, protege-se contra uma série de doenças e colabora para a não proliferação delas para outras pessoas, sobretudo para as crianças”, diz Renan, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria.
O calendário oficial de vacinação prevê imunização para prematuros, crianças, adolescentes, homens e mulheres adultos, idosos e os chamados grupos ocupacionais. Este calendário é atualizado periodicamente pela SBIm – Associação Brasileira de Imunizações.
Para saber sobre sua carteirinha e da sua família, confira nos links abaixo:
Crianças: http://www.sbim.org.br/wp-content/uploads/2012/07/Crianca_2012.pdf
Adolescentes: http://www.sbim.org.br/wp-content/uploads/2012/07/Adolescente_2012.pdf
Homens: http://www.sbim.org.br/wp-content/uploads/2012/07/Homem_2012.pdf
Mulheres: http://www.sbim.org.br/wp-content/uploads/2012/07/Mulher_2012.pdf
Idosos: http://www.sbim.org.br/wp-content/uploads/2012/07/Idoso_2012.pdf
Ocupacional: http://www.sbim.org.br/wp-content/uploads/2012/07/Ocupacional_2012.pdf
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