O Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes foi lembrado na última segunda-feira, 18, com uma série de ações em Nova Friburgo e região. Promovidas por diversas instituições do município, as atividades foram voltadas para conscientizar e informar a sociedade sobre a importância de reconhecer e denunciar os casos de abuso e violação sexuais de crianças e adolescentes. Além de crime, a prática traz sérios prejuízos ao desenvolvimento físico, psicológico e social das vítimas.
Uma das iniciativas que chamou a atenção da população foi a realizada pela concessionária Rota 116 nas quatro praças de pedágio da rodovia que liga Itaboraí a Nova Friburgo e Macuco. Os locais ganharam um banner alusivo à data e os motoristas receberam folhetos explicativos sobre a forma de denunciar casos de abuso contra menores.
“Somos signatários do Programa Na Mão Certa, organizado pela Childhood do Brasil, organização não governamental criada pela rainha Silvia, da Suécia, com a proposta de proteger as crianças. O Programa Na Mão Certa tem como principal objetivo combater a exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas brasileiras”, explica a ouvidora da Rota 116, Cintia Dutra. Segundo ela, a concessionária foi uma das primeiras empresas brasileiras a assinar o pacto e, desde então, realiza iniciativas voltadas para o combate à prática da exploração e abuso de menores além de disseminar informações que possam contribuir para que as pessoas denunciem tais atividades.
“Desde sexta-feira, colaboradores das nossas praças de pedágio estão entregando o folheto explicativo sobre o Dia Nacional. É uma contribuição para que todos possam se unir e ajudar. Somente em 2014, foram registrados 24.575 denúncias de abuso e exploração de crianças e adolescentes, sendo que desse total, mais de 19 mil foram de abuso sexual e outros 5 mil casos de exploração”, esclarece a ouvidora.
Estudantes também abraçam a causa
Vários colégios da cidade também realizaram atividades para marcar o Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual a Crianças e Adolescentes. No Instituto de Educação de Nova Friburgo (Ienf), alunos fizeram uma apresentação sobre o tema na entrada do prédio, situado na Praça Dermeval Barbosa Moreira. A encenação atraiu a atenção de quem passava para um problema ainda presente na sociedade brasileira.
Outra ação que mobilizou a comunidade foi a realizada pelos alunos do Colégio Estadual Augusto Spinelli, no Cônego. Jovens do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio desenvolveram o projeto “Que abuso é esse? Eu Combato!”. A culminância da ação ocorreu na segunda-feira, 18, com panfletagem no entorno do colégio. Um estande foi montado no local para esclarecimento de dúvidas sobre como encaminhar uma situação ou denúncia de abuso sexual. Quem passava pelo local também era convidado a responder um questionário sobre as formas de reconhecer e denunciar casos de abuso e exploração sexual de menores.
“Esse projeto envolveu os alunos em uma série de atividades que tiveram início no ambiente escolar e ganharam dimensão extra classe com as ações nas imediações do colégio. Os alunos ainda trabalharão o tema junto à família, encerrando o projeto que visa conscientizar nossos jovens e a comunidade sobre como combater e denunciar os casos de abuso e exploração de crianças e adolescentes”, afirma a diretora do colégio, Tânia Maria Moraes Bonan.
Denuncie
Os casos de abuso, exploração e violência sexual contra crianças e adolescentes podem ser denunciados no Conselho Tutelar, delegacias especializadas e postos das polícias militar, federal ou rodoviária. Outra opção é ligar para o Disque Denúncia Nacional, de número 100. A ligação é gratuita e o sigilo garantido.
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