O GOVERNO federal acertou ao manter o programa Minha Casa Minha Vida, anteriormente suspenso pelo governo Temer, permitindo que milhões pudessem ter acesso a crédito imobiliário barato. Por todo o país a busca por financiamentos é grande, e as propostas estão disponíveis inclusive nas lotéricas. É a “febre” da casa própria, pois todos querem fugir dos exorbitantes preços dos aluguéis.
O DEFICIT de moradias no país mostra números preocupantes. Relatório Global sobre os Assentamentos Humanos das Nações Unidas diz que existem 34 milhões de brasileiros sem casa, sendo 24 milhões nas áreas urbanas. O déficit mundial atinge cerca de um bilhão de pessoas e o projeto implantado pelo governo petista agora mantido procura reduzir esta carência no Brasil.
A EXPANSÃO do orçamento do Ministério das Cidades promoveu um aumento das atividades do governo nesta área, mas ainda é insuficiente para enfrentar os desafios da expansão urbana nacional. A falta de continuidade operacional ao longo dos anos, com diferentes políticas e mesmo sem políticas definidas, ajudou a transformar o setor de habitação num dos mais difíceis nós da administração pública em todos os níveis de governo.
A ONU aponta um enorme desafio pela frente indicando que a política habitacional no mundo inteiro precisa mobilizar recursos e estratégias de bem-estar social, minimizando a degradação das condições de habitação e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida da população. Isto não é proposta de nenhum partido político, mas deveria fazer parte dos programas de governo.
A REALIDADE da falta de habitação também existe em Nova Friburgo. O déficit de moradias populares vem persistindo há anos e mesmo com o Minha Casa Minha Vida ainda não temos um programa que pudesse efetivamente melhorar as condições de inúmeras famílias. Estancar o déficit habitacional ao mesmo tempo em que disponibiliza recursos para obras de infraestrutura urbana reduzirão o efeito cumulativo desse grave problema social que há muito persiste.
A SOCIEDADE, cada vez mais, aguarda dos governantes políticas públicas que ofereçam respostas para as necessidades atuais e futuras. O desafio da casa própria não é só da população e o seu direito à moradia. É também uma obrigação do estado.
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