Pelo segundo ano consecutivo foi promovido em Nova Friburgo o Dia D de Mobilização pelo Outubro Rosa, movimento que alerta as mulheres para a necessidade de prevenção ao câncer de mama e o do colo do útero. A ação aconteceu nesta terça-feira, 29, na Praça Dermeval Barbosa Moreira, no centro da cidade.
O Dia D começou com o "Abraço Rosa", um gesto em solidariedade às mulheres que tiveram e àquelas que ainda enfrentam a doença. Foram oferecidos diversos serviços de saúde, como agendamentos de exames de mamografia e preventivos em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS); aferição de pressão arterial; orientações sobre nutrição; controle do tabagismo e Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), além da participação do Centro de Cidadania LGBT Hanna Suzart, Associação das Mulheres Mastectomizadas (Amma), Projeto Casca de Cebola e estudantes de enfermagem da universidade Estácio de Sá.
Ao longo de todo o dia o evento contou com outras importantes atividades, como palestra com a educadora de saúde pública, Adriana de Carvalho Sabino, aulas de zumba rosa e distribuição de mudas de flores do horto municipal às participantes. "A intenção do dia D é parar as pessoas por alguns instantes para que elas ouçam e lembrem da gravidade do câncer de mama e do colo do útero. É também um lembrete para que as pessoas se conscientizem para a prevenção, que é o mais importante. Temos o movimento Outubro Rosa e o Dia D, mas essa preocupação precisa ser lembrada o ano todo, a vigilância precisa ser permanente para que a gente consiga previnir novos casos", disse Fabíola Braz Penna, subsecretária de vigilância em saúde de Nova Friburgo.
Números preocupantes
Dados do American Institute for Cancer Research demonstram que o câncer de mama é o que tem a maior ocorrência dentre as mulheres, além de ser o segundo mais comum de todos os casos da doença. O Projeto de Avaliação Contínua - que avalia globalmente a relação entre dieta, nutrição e atividade física - relaciona o risco de aquisição ao consumo de bebidas alcoólicas, peso ao nascer, altura, quantidade de gordura corporal e ganho de peso. Por outro lado, a prevenção ao risco está inteiramente relacionada à maior atividade física, o que deve ser incentivado entre as mulheres.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) a estimativa do número de casos de mama este ano é de 59.700. Desde a década de 1980 até 2016, por exemplo, as taxas de mortalidade variaram de 9,2 a 12,4 por 100 mil mulheres, o que representa um aumento de 33,6% em 35 anos de observação. No entanto, é importante lembrar que a doença tem tratamento e cura, sendo necessária a devida prevenção.
A friburguense Lívia Moura, relata que acha muito importante ter esses eventos de conscientização na praça, trazendo profissionais da área para explicar um pouco mais sobre o trabalho, facilitando o acesso do público em geral para esse assunto tão importante.
(Reportagem do estagiário Thiago Lima sob supervisão de Henrique Amorim)
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