Na noite da última sexta-feira, 31 de março, tomaram posse na Academia Friburguense de Letras os primeiros cinco integrantes do recém-criado Anexo Jovem — espaço da instituição criado no ano passado com o intuito de acolher escritores de 16 a 29 anos. Os primeiros escritores a assumirem cadeiras no anexo foram: Brenno Ariel da Silva Castro, Thales do Amaral, Ania Kítyla Gevezier, Isabelle Caetano Sarruff e Rachel Ventura Rabello. A cerimônia de posse foi na Câmara Municipal e bastante concorrida, com todas as 140 cadeiras ocupadas, sendo que algumas pessoas tiveram que ficar em pé, e foi prestigiada por diversas autoridades.
O prefeito de Nova Friburgo, Renato Bravo, não pôde comparecer ao evento em razão do nascimento de seu neto Antônio. Ele foi representado pelo secretário municipal de Cultura, Marcos Marins, que foi paraninfo dos jovens escritores. Também esteve presente ao evento o deputado estadual Wanderson Nogueira, entre outras personalidades.
Na abertura da solenidade, após a execução dos hinos nacional e de Nova Friburgo, a presidente da Academia, Tereza Malcher, pediu um minuto de silêncio em memória ao escritor Hartmut Ernst Riedmaier, falecido na noite de segunda-feira, 27 de março, vítima de um infarto. O rito da cerimônia de posse chamou a atenção: após o discurso do padrinho, um convidado amigo do jovem escritor colocava a beca e ao deputado estadual Wanderson Nogueira cabia a missão de condecorá-lo com a medalha. E então, o jovem, já empossado, discursava. Os padrinhos escolhidos foram os acadêmicos Ordilei Alves da Costa, George dos Santos Pacheco, Hartmut Ernst Riedmaier (in memoriam), Anna Braga Asth e Robério José Canto. O padrinho escolhido de Ania foi Hartmut e ela não quis que ele fosse substituído. A filha do acadêmico falecido leu o discurso e a poesia que ele havia preparado para a ocasião, o que rendeu muita emoção. Robério também homenageou Hartmut em discurso.
De acordo com o diretor cultural da AFL, Ordilei Alves da Costa, a criação do Anexo Jovem é uma iniciativa inédita no país. “Não se tem notícia de nada igual nas academias de letras do Brasil. Existe Academia Mirim, para criar o hábito da leitura em crianças e adolescentes. Porém, aqui na AFL, o objetivo é receber e valorizar os jovens talentos locais”, disse ele.
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