Acabou-se o que era doce, fim da viagem

quarta-feira, 14 de julho de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Esta é nossa última semana de férias e nesta sexta-feira, se não houver greve da Air France, pois os franceses adoram uma greve no início do verão, chegaremos em Friburgo para o almoço. Atualmente estamos num pequeno vilarejo às margens do rio Doubs, que separa a Suíça da França. É um lugar muito bonito, natureza pura, onde o eco-turismo é muito presente: descer o Doubs de caiaque, caminhadas, ciclismo, cavalgadas são atividades muito difundidas. A presença de brasileiros aqui é rara e podemos afirmar, sem medo de errar, que somos o primeiro espécime tupiniquim a se hospedar no Auberge Moulin Le Plain, que de albergue não tem nada, pois é um hotel muito bom.

A explicação para estarmos aqui é que era o local mais próximo da casa de nossos amigos suíços que participaram de outros encontros da Associação Fribourg-Nova Friburgo. Sexta passada, inclusive, tivemos a oportunidade de encontrar com a viúva de Josef (Josy) Zahno, falecido há cerca de dois anos e que esteve em Friburgo por cinco vezes, onde deixou muitos amigos, quando do encontro de 1996 ele era o presidente da associação, do lado suíço.

Antes de Goumois, passamos por Berna, capital administrativa da Suíça, onde ficamos por três dias. É uma cidade banhada pelo rio Aare, cuja fundação remonta ao ano de 1191 a.C, e que tem como símbolo da cidade um urso, pois era um animal muito comum nas florestas que circundavam o local. Ela começa com a construção de uma fortaleza pelo seu fundador, Bertoldo V. de Zäringen, e em 1405 Berna foi destruída por um incêndio. Na sua reconstrução, utilizou-se não mais a madeira, mas uma pedra típica da região, a molasse. Isso deu origem ao maior shopping coberto da Europa, pois suas arcadas têm cerca de seis quilômetros, ou seja, a chuva ou a neve não atrapalham os passeios ou as compras.

Vale a pena uma visita ao Jardim das Rosas, de onde se tem uma vista da cidade velha, na realidade uma península fluvial. Nessa época do ano, as flores estão no seu apogeu, e as rosas, então, são um espetáculo à parte. Esse jardim situa-se próximo ao Estádio da Suíça, cuja parte externa é um centro comercial. Outro local que atrai os turistas, sem dúvida a maior atração da cidade, é a Torre do Relógio, com seus mais de 600 anos. Quando soam as horas, o sino é tocado por uma imagem dourada em forma de um homem com um martelo na mão, e um pequeno carrossel mais em baixo vai girando ao som das badaladas.

Porém o que mais me impressionou é que as águas do Aare, nessa época do ano, tem uma temperatura de cerca de 20 graus centígrados e transforma-se na praia da cidade, cujo calor pode chegar aos 30 graus ou mais. A velocidade das águas é muito forte, mas não intimida aqueles que querem se banhar. O mais incrível, no entanto, são os malucos que pulam no rio, claro que das pontes mais baixas, mas que dobram o risco, pois aliam mergulho a uma forte correnteza.

Rodamos mais de 4.500 quilômetros, visitamos quatro países (França, Alemanha, Áustria e Suíça) e aproveitamos muito nossa viagem. Valeu a pena. Se você, leitor, quiser algum tipo de informação ou dicas, entre em contato conosco pelo email woloskerm@gigalink.com.br, que teremos o maior prazer em atendê-lo.

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