Amine Silvares
O Parque Imperial é um lugar ainda desconhecido por muitos friburguenses. Localizado entre a Ponte da Saudade e Varginha, é calmo e tem belas paisagens. No entanto, até o acesso pelo Parque D. João VI é complicado e, mesmo sendo bem povoado, ainda são necessários diversos reparos para que o bairro perca o aspecto de abandono visto em diversas ruas.
O primeiro problema grave pode ser notado ao chegar à localidade, já que a estrada tem muitos buracos e o asfalto falha em diversos pontos ao longo do caminho. O padrão continua por dentro do bairro, onde os moradores sofrem com ruas desniveladas e calçamento precário. Na R. Dom Pedro II, uma das principais do Parque Imperial, a maior parte está calçada, no entanto, cerca de 300 metros parecem ter sido displicentemente negligenciados e ainda estão cobertos de terra, que vira lama quando chove, dificultando a passagem até mesmo de caminhões, que chegam a ficar atolados no local. De acordo com alguns moradores, o problema já foi comunicado à Prefeitura, que não tomou providências.
Os buracos nas ruas são problemas recorrentes. Com as chuvas fortes do início do ano eles aumentaram em quantidade e tamanho. No trecho que fica entre a Avenida Dom Pedro II e a Alameda do Lago, uma cratera foi marcada pelos residentes com pedaços de galhos, para evitar acidentes. Como o local é passagem para ônibus, o medo dos passageiros é de que a estrada não aguente e ceda.
Prestação de serviços está longe do ideal
A prestação de serviços - como entrega de correspondências, água, telefone, transporte público, educação, saúde e recolhimento de lixo - também apresenta irregularidades. A entrega de cartas é complicada e muitas chegam atrasadas. Segundo a empresa responsável pelas correspondências, três funcionários fazem entregas diariamente por Varginha, Parque Imperial e Parque D. João VI.
Com a chuva forte de janeiro, algumas localidades ficaram sem água, mas o que vem incomodando moradores é uma fonte que brota do terreno de uma casa fechada no fim da rua D. Pedro II, e que não tem nenhum tipo de controle para impedir o vazamento e nem distribuir a água. Em logradouros como a Alameda do Planalto, a tubulação das ruas fica próxima à superfície e precisa de trocas constantes. Os postes telefônicos são poucos, sendo que alguns foram vandalizados e não estão funcionando já há algum tempo. A população mais pobre também reclama da falta de creches, escolas e postos de saúde, já que precisa se deslocar até Varginha para ter acesso a estes serviços.
O transporte público gera reclamações frequentes. Os ônibus só passam na estrada por fora do bairro e quem mora no alto dos morros precisa enfrentar uma subida longa e íngreme para voltar para casa. Nesses lugares é possível notar claramente o descuido com as ruas, que precisam urgentemente de serviços de capina e limpeza. Apesar do recolhimento do lixo ter sido elogiado, as lixeiras não são suficientes para receber todos os resíduos gerados pela população.
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