E lá se vão 66 anos de muitas notícias, registrando sempre os principais fatos que marcam Nova Friburgo. A VOZ DA SERRA, sem dúvida, é uma enciclopédia viva do município. Não por acaso, através do site do jornal (www.avozdaserra.com.br), na internet, leitores, friburguenses ou não, acompanham o dia a dia da cidade de qualquer lugar do mundo. O jornal é ainda considerado uma inesgotável fonte de pesquisa sobre qualquer tema relacionado a Nova Friburgo.
A VOZ DA SERRA orgulha-se de ser o diário de Nova Friburgo. E é mesmo. Nesses 66 anos de circulação ininterrupta, com 7.756 edições — um marco para a imprensa escrita, especialmente no interior — buscamos nos aprimorar a cada dia, sem jamais nos afastar do foco que nos norteia: a busca pela verdade dos fatos.
A VOZ DA SERRA é um dos periódicos mais antigos do Estado do Rio, fundado em 7 de abril de 1945, pelo visionário Américo Ventura Filho (1907-1973), com a proposta de divulgar os atos do Partido Social Democrático (PSD) em Nova Friburgo, em meio aos muitos percalços políticos daquele período pós-Segunda Guerra. A visão empreendedora de Américo Ventura fez do então órgão de cunho político um respeitado veículo de comunicação em toda a região, cujo reconhecimento público e das classes política e empresarial perdura até hoje.
O esforço e a determinação de Venturinha, como era conhecido Américo Ventura, serviram como pilares para erguer a empresa que, sempre pautada na ética e responsabilidade, passou a relatar os fatos que compõem a história friburguense. Esta mesma diretriz serviu de norte a Laercio Ventura, que aos 81 anos comanda o jornal seguindo à risca o legado do pai: a prioridade da informação com respeito ao leitor, que tem hoje, nas bancas, em domicílio ou na internet, todos os dias, um resumo bem elaborado dos fatos que interferem diretamente em sua vida e no cotidiano dos cerca de 180 mil habitantes de Nova Friburgo e tantos outros vizinhos do Centro-Norte, que se deslocam diariamente para cá, a fim de trabalhar, estudar, ir às compras ou passear.
Sem dúvida, 66 anos de circulação não é mesmo para qualquer um. Editar um jornal diário num município do interior, com poucos recursos, não é tarefa das mais fáceis. Mas este desafio é superado com a garra, a determinação e o entusiasmo que pautam a conduta de Laercio Ventura e sua equipe de jornalistas, colaboradores, colunistas, designers e gráficos, que compõem uma verdadeira família, aliada todo dia à família Ventura para manter viva a fórmula de um trabalho reconhecidamente bem-sucedido.
Nos 66 anos de A VOZ DA SERRA, sabemos que notícias, boas ou não, não podem ser omitidas. Afinal, nossa principal missão e compromisso é bem informar o cidadão.
Conheça quem faz
A VOZ DA SERRA
Diretor: Laercio Rangel Ventura
Editora-chefe: Angela Pedretti
Chefe de reportagem: José Duarte
Jornalistas: Dalva Ventura, Eloir Perdigão, Flávia Namen, Henrique Amorim, Leonardo Lima, Bruno Pedretti, Amine Silvares e Karina Monnerat
Fotógrafos: Leonardo Vellozo e Lúcio César Pereira
Revisor: João Clemente Moura
Gerente industrial: Fábio Herdy
Composição e design: Deise Silva, Lara Taveira, Lúcia Pouchain e Henrique Pinheiro
Departamento administrativo: Sueli Ferreira da Silva, Marta Teixeira, Geruza Ramos de Araújo, Juracy Carvalho e Jael Saippa
Gráfica: Roberto Carlos dos Santos, Rodrigo Miranda, Gilberto Leal, Luiz Fernando Sobrinho e Vitor José Costa Pereira
Colaboradores/colunistas: Villas-Bôas Corrêa, Wanderson Nogueira, Giuseppe Massimo, Mário Rangel, David Massena, Luiz Antônio Dias, Beth do Licínio, Eunice Lobo, Max Wolosker, Janaína Botelho, Dom Edney Gouvêa Mattoso, Maurício Siaines, Ana Maria Wolff, Ricardo Teixeira, César Vasconcellos, Alzimar Andrade, Lúcio Flavo Gomes da Silva, Noberto Rocha, Hamilton Werneck, Roberto Mendes, Flávia Herdy, Henriette Bito Jordão, Chico Figueiredo, Elisa Barbosa Loureiro, Helena Ventura, Alex Sandro Santos.
A VOZ DA SERRA: o orgulho da família Ventura
Dalva Ventura
A cada vez que folheio exemplares antigos de A VOZ DA SERRA, uma espécie de orgulho e vaidade tomam conta de mim. Por isso mesmo, não vou ao Pró-Memória (não consigo chamá-lo de Fundação D. João VI...) sem ali passar pelo menos duas, três horas me deliciando com os exemplares antigos do jornal. Já há alguns anos faço isso rotineiramente, pesquisando edições passadas para a coluna “A Voz da Serra Há 50 anos”. Por sinal, a dita coluna voltará em breve, para alegria de nossos leitores, depois de ter sido interrompida por alguns meses, já que faltam várias edições no arquivo. Também é nas edições passadas de AVS que me municio de informações sobre as pessoas cujos nomes viraram nomes de ruas na cidade. Ou que incremento artigos e reportagens com fatos e personalidades do nosso passado.
Nunca é demais, acho eu, destacar o papel histórico, documental, de um jornal que completa 66 anos de idade neste dia 7 de abril. Neste período, quantos jornais abriram, quantos deixaram de existir? É importante, sobretudo, registrar sua importância para os cidadãos de nossa cidade, que dispõem de um veículo para expressar suas opiniões, fazer reivindicações — se fazer ouvir. É através das páginas de A VOZ DA SERRA que os friburguenses se informam sobre o que está acontecendo na cidade. Que tomam conhecimento dos bastidores da política local, dos acontecimentos sociais, enfim, do nosso dia a dia. Não é novidade para ninguém que qualquer notícia, para repercutir, tem que ser publicada por nós. Modéstia à parte, esta é a verdade.
Nada disso, porém, seria possível se meu pai, Américo Ventura Filho, pessedista de carteirinha e de coração, tivesse deixado o jornal de seu partido morrer. Mas, não. Quando o PSD resolveu fechar o jornal, ele acreditou no sonho e o levou adiante, por sua própria conta e risco. Não visava e nunca visou lucro. Tinha, sim, alma de jornalista e era com ela que tocava o seu jornal.
Naquela época, AVS era feita por uma única pessoa, meu pai, apenas com alguns colaboradores eventuais. No mais, papai contava só com um tipógrafo e um impressor que pilotava a velha Marignoni. Ao longo dos anos, porém, esta forma de fazer jornal foi tornando-se absolutamente inviável. Já não era mais possível levar adiante um projeto de tamanha envergadura da mesma maneira que antes. Antes disso, porém, perdemos o nosso pai, o esteio da família, o grande patriarca dos Ventura.
E, quem herdou a missão, o legado do papai, foi seu filho mais velho, Laercio, que há 38 anos vem conduzindo os destinos do jornal. As dificuldades enfrentadas por meu irmão eram e são muito grandes. Técnicas, administrativas, humanas. Sem falar na luta para sobreviver sem perder a dignidade. Na necessidade de se equilibrar na corda bamba da política local. Nas exigências de se adequar às novidades tecnológicas sem o suficiente aporte publicitário, já que as agências privilegiam cada vez mais as mídias eletrônicas em detrimento dos veículos impressos. Muitas vezes me pergunto como ele dá conta disso tudo e consegue lidar com tantas opiniões antagônicas, tantos egos, tantas cobranças, tantos interesses. E o admiro cada vez mais por isso, assim como por sua ética, sua integridade.
O fato é que, para nossa alegria, graças basicamente a estes dois homens — Américo Ventura Filho, meu pai, e Laercio Rangel Ventura, meu irmão —, A VOZ DA SERRA vem conseguindo vencer todos os obstáculos e aí está. Firme como uma rocha. Sem concorrentes à altura. Sim, hoje o jornal conta com uma equipe de profissionais e colaboradores de peso. Podíamos ter uma cobertura melhor? Sim. Poderíamos cometer menos erros? Sim. Poderíamos ter um caderno Light todos os dias e não apenas aos sábados? Sim. Poderíamos sair de segunda a segunda? Sim. Mas não se esqueçam que apesar de nossas limitações, aqui estamos nós. Diariamente. Ao folhear nossas páginas, os leitores sequer se dão conta disso, mas a verdade é que nós temos de vencer todo tipo de intempérie para estar todos os dias de manhã bem cedinho, nas bancas dos jornais, na porta de suas casas, na tela de seus computadores.
Por tudo isso e muito mais, viva nós. E viva, principalmente, o meu irmão, que soube dar continuidade ao sonho de nosso pai, transformando aquele jornal, feito por um homem só, numa empresa jornalística de verdade.
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