A MINHA, NOSSA NOVA FRIBURGO

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Estava de férias na Penha, Santa Catarina, quando vi pela televisão a tragédia em nossa bela cidade de Nova Friburgo. Fiquei profundamente triste pois tenho grandes amigos na cidade como o Paulo Carvalho, Meressi, Sérgio Cordeiro, Siqueirinha, João Batista, Maria Herli e filhos. Enfim, tenho uma relação muito afetiva com essa belíssima e encantadora cidade que faz parte de minha vida.

Cheguei em Friburgo no dia 25 de fevereiro de 1960 como seminarista no grandioso, portentoso, Colégio Anchieta e fui embora em dezembro de 1965. Foram os melhores cinco anos de minha vida.

Andei pelos morros da Cruz, Duas Pedras, acampei em Campo do Coelho, Riograndina, além de andar de bicicleta a cidade inteira. Do Anchieta ia todos os domingos, em determinado período, até a fábrica da Filó para a celebração da Missa. Isso, logo pela manhã quando a cidade estava acordando e era uma beleza.

Da última vez que estive em Friburgo, em 2009, fui ao morro da Cruz mas, com a idade que agora tenho, optei pelo teleférico. Que maravilha, ficou tudo na minha memória. O que vi da destruição são exatamente as cenas da enxurrada no teleférico e a completa destruição da Praça do Suspiro.

Mas agora que estamos já há mais de trinta dias do acontecido que está marcado na história de nossa cidade; é tempo de reconstrução, principalmente de uma mentalidade forte, soberana de que muito se tem a fazer, mas que será efetivamente realizado.

Já sei de ajudas importantes como o BNDES, Banco do Brasil, Fundação Roberto Marinho, também de suíços de Friburg, enfim muitos estão buscando alternativas e ajudando.

O gesto comovente da solidariedade, onde tudo é deixado de lado, classes sociais, status político, níveis culturais, em prol de uma ajuda humanitária que não tem paralelo na história da cidade. Isso, claro, também ficará marcado na cidade.

Quero terminar e, se me permitem a ousadia, como friburguense não de nascimento, mas de coração, querendo e sabendo que na próxima vez que estiver em Nova Friburgo uma cidade estará aberta, acolhedora, magnificamente superando todo o seu passado recente e realizando novas obras que a colocam como uma grande cidade no Brasil contemporâneo.

A nossa Suíça brasileira vai ser melhor agora transformando a sua tragédia em novo significado de vida para todos.

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