Por favor, não diga: menas (sempre menos); mortandela (mortadela); mendingo (mendigo); trabisseiro (travesseiro); trezentas gramas (é O grama [peso] e não A grama [capim], então, trezentos gramas de açúcar); de menor, de maior (é simplesmente maior ou menor de idade); imbigo (umbigo); eu truxe (eu trouxe); meio-dia e meio (meio-dia e meia [hora]); beneficiente (beneficente [lembre-se de Beneficência Portuguesa]); estou meia cansada (meio cansada).
Lembre-se também de escrever: mal, antônimo de bem (estou passando mal [bem]); mau, antônimo de bom (não estou de mau [bom] humor).
O certo é cuspir e não guspir.
O certo é basculante e não vasculhante (se for aquela janela do banheiro ou da cozinha, agora, se for quem vasculha... quem sabe?)
Se estiver com muito calor, poderá dizer que está suando (com U) e não soando, pois quem soa é sino! Ou “isso está me soando mal” (parecendo mal).
O peixe tem espinha (espinha dorsal) e não espinho. Plantas têm espinhos.
Homem diz obrigado e mulher, obrigada. E acredite: se for plural, o obrigado – assim como agradecido – acompanha. Homens dizem obrigados e mulheres, obrigadas.
O certo é haja vista (que se oferece à vista) e não haja visto.
“Faz dois anos que não o vejo” e não “fazem dois anos...”.
Por isso e não porisso.
“Havia muitas pessoas no local” e não “haviam...”.
Problema e não poblema ou pobrema.
Escreva a partir e nunca à partir (antes de verbo não se usa crase!).
Para eu fazer, para eu comprar, para eu comer... e não para mim fazer, para mim comprar, para mim comer (mim não conjuga verbo; apenas eu, tu, ele, nós, vós, eles).
As pronúncias: CD-ROM é falado igual a Roma, sem o A. Não é CD-RUM (nem CD-pinga, CD-vodca etc.). ROM é abreviatura de Read Only Memory – memória apenas para leitura. A pronúncia rum é de room (porta). Hall se diz rol, não rau, nem au. Feche (fêche, som fechado) a porta (e não féche, a não ser que você seja nordestino!). Poça (pôça) de água (e não póça). E creia: o correto é reCORde, com a sílaba tônica (forte, no cor) como na TV Recorde (e não récorde, como a Globo insiste em pronunciar [por que será?]).
O verbo é vir – é difícil alguém usá-lo adequadamente. Não se usa: “Era para eu vim mais cedo, mas não deu”. O correto é: “...para eu vir mais cedo...”.
E agora, o horror divulgado pelo pessoal do telemarketing: não é “eu vou estar transferindo”, “vou estar passando”, “vou estar verificando”, e sim “eu vou transferir”, “vou passar” e “vou verificar” (muito mais simples, mais elegante e CORRETO).
A nível de... Só se usa para “no nível do mar”. Troque por: “em âmbito de”... ou “em se tratando de”...
Inadequado: “Correr atrás do prejuízo” (só se for doido). Adequado: “Correr atrás do acerto/lucro”.
Incorreto: “Correr risco de vida”. Adequado: “Correr risco de morte” ou “correr risco de morrer”.
Conviver juntos – errado. Basta conviver (o con- já significa junto).
Pequenos detalhes – errado. Se são detalhes... são pequenos. Basta detalhes.
Encarar de frente – errado. Alguém aí encara de costas? Basta encarar.
Por último, e talvez a pior de todas: por favor, arranquemos os malditos seje e esteje do nosso vocabulário. O correto é SEJA e ESTEJA!
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