Começo citando alguns trechos de Lei nº 126, de 10 de maio de 1977, os artigos 2º, para efeitos desta lei consideram prejudiciais à saúde, à segurança e ao sossego públicos quaisquer ruídos e 3º, são expressamente proibidos independente de medição sonora quaisquer ruídos VI. Provocados por bombas, morteiros, foguetes, rojões, fogos de estampido e similares.
Para quem acredita que até às 22h vale tudo, vai um recado. A perturbação do sossego público pode ser caracterizada a qualquer hora do dia ou da noite.
Vi uma noite dessas um vizinho de rua mirar e acertar a parede de uma outra residência, com um rojão. Após o feito, apagou a luz da varanda onde se encontrava e se escondeu dentro de casa. Este senhor tem mais de cinquenta anos de idade.
Tem um outro no bairro que, dizem, vai concorrer a cargo eletivo. Vive perturbando os outros. Estocou em casa R$ 6.000,00 em fogos de artifícios, numa área majoritariamente residencial, para ser utilizado nas festas de fim de ano. Foi aquele foguetório torturante que se estendeu até os dias 07/01 23h45 e 08/01 01h30, quando descarregou as sobras. Tudo isto, estourou em cima das residências alheias. Se doasse essas quantias gastas cotidianamente a uma das nescessitadas casas de caridade da cidade, ficaria melhor na foto. Vocês não acham?!
Esta prática não é exclusividade dos garotões. A maioria dos infratores são os ditos “pais de família”. São pessoas arrogantes, mal-educadas, ignorantes e desrespeitosas para com os outros e as leis. Gente com baixo grau de escolaridade, emergiram de classe sociais mais baixas, e progrediram financeiramente. Alguns são pequenos comerciantes, industriais, porém a grossa maioria é de viajantes que comercializam moda íntima em várias cidades e estado do Brasil. Abandonaram a pobreza material, mas se esqueceram de manter a humildade. São nos fins de semana que “pintam e bordam”, se aproveitando da parca fiscalização. Quem quiser conferir, é só passar pelo bairro de Olaria e pelo Bela Vista.
Hoje existem desafios de quem tem coragem para burlar a lei, explodindo esses estampidos absurdos madrugada adentro, fazendo residências alheias de alvo. Que as pessoas atingidas, se manifestem. Já passa da hora de se dizer basta!
Como as coisas chegaram a esse ponto? São as concessões. Vamos tolerar!, é futebol, natal, réveillon, são as eleições e por aí vai.
Não adianta fazer denúncia na prefeitura, polícia militar ou civil. A primeira também explode fogos pela cidade, a PM quando atende ao chamado funciona somente como paliativo. Os Registros de Ocorrência feitos em delegacia vão parar no Juizado Especial Criminal, onde muitos procedimentos não chegam nem a processo. Existe uma série de manhas que levam aos arquivamentos, deixando pendências sem solução.
A maioria da população reprova esses estouros inúteis, que ameaçam a segurança, saúde e integridade física das pessoas.
Digo aos cidadãos de bem e do bem, que transformem apatia e revolta em ação.
Neste ano teremos eleições. Quem ainda acha que vale a pena votar, comece a cobrar dos senhores candidatos aos cargos executivo e legislativo, para que não façam badernas nos seus comícios e carreatas. Se não atenderem, é simples!, distribuam TCHAU para eles nas urnas.
É só olhar para o estado de abandono que se encontra Nova Friburgo, para perceber a total ausência de respeito por parte das autoridades constituídas para com os eleitores. De onde deveriam vir os melhores exemplos...
Que a justiça eleitoral faça a sua parte punindo candidatos desrespeitosos. E o Ministério Público, abandone as mesas redondas de negociações inúteis, a burocracia paralisante, e parta para ação em campo, com investigações efetivas, punindo infratores. Antes que desgraças aconteçam. Nós cidadãos friburguenses estamos cansados de ver a omissão, e em alguns casos até conivência do poder público nos malfeitos, serem chamados de fatalidade, e no final as vítimas ficarem no vácuo.
Que alguns dirigentes e funcionários de órgãos públicos não se esqueçam, que do papel higiênico aos salários, o dinheiro sai do bolso do cidadão contribuinte, muitas vezes tratados com desdém ao fazer reclamações legítimas.
Agradeço ao valoroso Jornal A Voz da Serra a oportunidade de me expressar. Sugiro a este respeitável órgão fazer uma matéria detalhada sobre este assunto, levantando em que condições estes produtos à base de pólvora estão sendo transportados até chegar a Nova Friburgo, como são estocados e comercializados aqui.
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