Ana Lúcia Monnerat
Aos 7 dias do mês de julho de 2009, há exatos cinco meses, faleceu Élio Monnerat Solon de Pontes, um ilustre a apaixonadíssimo tricolor.
E na sua despedida, comovendo ainda mais os tricolores presentes, dentre os quais seus três filhos, três de seus seis netos e o seu querido amigo Augusto Muros, foi o seu caixão coberto com a linda bandeira do Fluminense.
E talvez até o Sobrenatural de Almeida tenha desanimado com a partida de tão apaixonado torcedor, pois a queda do Fluminense parecia não ter fim.
Para quem não conhece, o Sobrenatural de Almeida é um personagem, criado por Nelson Rodrigues, um Imortal Tricolor, como o descrevia Élio, que atuava para dar aos resultados de partidas de futebol um que de inesperado, improvável, inexplicável.
Continuando a falar do Fluminense, cabe lembrar que no início de outubro era de 98 % a probabilidade do time ser rebaixado para a 2ª. Divisão do Campeonato Brasileiro.
Mas cremos que ao morrer, apenas o corpo se vai, mas nunca o espírito.
E temos certeza que o espírito de Élio Monnerat Solon de Pontes nunca se conformaria em ver o Fluminense ‘afundar’ de tal forma.
Acreditamos então, que êle se aliou ao Sobrenatural de Almeida para ajudar a incutir no Cuca, no Fred, no Conca e em todo o time, o verdadeiro e genuíno “amor ao tricolor”, a que Lamartine Babo se refere no Hino do Fluminense.
Apesar dos 98% de chance de ser rebaixado, o Fluminense ficou 11 rodadas sem derrota, com 7 vitórias, sendo responsável pela maior reação já ocorrida na história do Campeonato Brasileiro.
E o impossível, o inesperado, o improvável, o inexplicável ..... aconteceu!
Além de garantir seu lugar na 1ª divisão, o time foi responsável por uma das melhores campanhas do 2º turno do campeonato e um exemplo de coragem, fé, garra, pesistência e amor – o time foi guerreiro e incansável, como seu ilustre torcedor que se foi.
Temos a certeza de que o espírito de Élio Monnerat Solon de Pontes não parou de trabalhar por um segundo, até ver garantido o “triunfo tricolor”.
E agora sim, vai descansar em paz no céu, para onde levou, altaneira, desfraldada, dentro de seu coração, a bandeira do time que tanto ama!
E vai continuar torcendo, de camarote, pelas vitórias do Fluminense!
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