Os policiais que ocupam setores administrativos do 11º BPM, em Nova Friburgo, já estão trabalhando em horário reduzido. O regime, que começou a valer na última quinta-feira, 19, estipula que os agentes trabalhem em escalas de nove horas e não mais de 12 horas, como anteriormente. A medida, determinada pelo comando geral da corporação, diminui a quantidade de dias no mês que o policial se desloca de casa para o trabalho para reduzir os gastos devido à crise econômica do estado.
“A carga horária menor de trabalho atinge somente os policiais do expediente, o que não prejudica em nada o serviço de policiamento das ruas, pois essa parte do nosso efetivo obedece a uma escala diferenciada”, afirmou o sub-comandante do 11ºBPM, coronel Francisco Novaes, que acrescentou: “Nossa estimativa é reduzir o custo de transporte desses policiais do expediente em, pelo menos, 50%. Uma economia de cerca de 25% nos gastos do quartel também em alimentação”, disse.
No Rio de Janeiro, para gerar ainda mais economia, a polícia deve oferecer ônibus para que os militares se desloquem de suas residências até o batalhão central. Os ônibus partirão do 12ºBPM, em Niterói, do 20ºBPM, em Mesquita, e do Regimento de Polícia Montada.
Greve da Polícia Civil
Também na última quinta-feira, 19, os policiais civis do estado decidiram manter a paralisação da categoria, pelo menos, até esta segunda-feira, 23. Com isso, apenas os serviços emergenciais como remoções de cadáveres em via pública; prisões em flagrante; cumprimentos de mandado de prisão; roubos de veículos; e ocorrências de estupro/homicídio/sequestro permanecem sendo atendidos.
Os agentes penitenciários e os policiais civis paralisaram as atividades na última terça-feira, 17, por atraso no recebimento do salário de dezembro, do décimo terceiro salário, das horas extras [Regime Adicional de Serviço] e de prêmios pelo cumprimento de metas de segurança. Em Nova Friburgo, os agentes do complexo da Polícia Civil — composto pela 151ª DP, a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) e o Instituto Médico Legal (IML) — aderiram ao movimento.
Na última quarta-feira, 18, o governo do estado depositou o salário integral de dezembro dos servidores ativos e inativos da Segurança Pública, mas o pagamento não foi capaz de enfraquecer o movimento. De acordo com nota divulgada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Estado do Rio de Janeiro, “o movimento de atendimento reduzido nas delegacias continua até que seja pago o 13º salário, o RAS (Regime Adicional de Serviço), plano de metas para os policiais civis da ativa e os débitos com aposentados e pensionistas (13º salário e aposentadoria/pensão). Até que seja regularizado todos os pagamentos somente serão atendidos casos urgentes”.
Nesta segunda-feira, 23, os sindicatos da categoria devem realizar nova reunião para avaliar os rumos do movimento. A Polícia Civil informou que não irá se manifestar sobre a decisão da entidade de classe, mas reiterou que os serviços emergenciais serão mantidos.
Apesar de terem vivido situação parecida no último ano, com atrasos no pagamento, os policiais militares não entraram em greve. Isso porque, justamente por ser militar e força auxiliar das forças armadas, a categoria possui legislação diferenciada que não permite a eles realizarem paralisações.
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