Leonardo Lima
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realizou ao longo do da última sexta-feira, 26, uma audiência pública no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). O evento, denominado Conversando com a Sociedade está incluído no programa de gestão estratégica do órgão, com o objetivo de se aproximar da população. Para tanto, o primeiro passo é ouvir as reivindicações coletivas de representantes de diversas associações e empresas.
A audiência foi dirigida pelo subprocurador geral de Justiça dos Direitos Humanos e Terceiro Setor, Leonardo de Souza Chaves e contou com a participação de diversas autoridades, entre elas o assessor de Direito Público do MPRJ, o procurador Talma Prado Castello Branco Junior, os promotores das comarcas de diversos municípios da região e os prefeitos Rogério Bianchini (Macuco), Carlos José Gomes de Souza (Trajano de Moraes) e Heródoto Bento de Mello (Nova Friburgo).
Segundo o subprocurador Leonardo Chaves, o MP age de forma vigilante no que diz respeito ao cumprimento das leis e da Constituição e, embora seja alvo de algumas críticas, seu compromisso junto à sociedade continuará aumentando. “Estamos aqui para dizer que somos nós que respondemos pelos interesses sociais, como, por exemplo, a defesa do meio ambiente, do consumidor, dos idosos, da segurança pública. Queremos dar voz às pessoas que nunca têm direito a ela”, afirmou.
Já o prefeito Heródoto ressaltou a importância de agir em coletividade. “Os cidadãos devem procurar o bem comum e não apenas seus próprios interesses. Este deve ser o nosso ideal” disse.
MP anotou diversas reivindicações
Durante o evento, diversos cidadãos tiveram a oportunidade de repassar ao Ministério Público os anseios dos órgãos ou localidades que representam. Agora, estas queixas serão encaminhadas a um promotor que tomará as decisões cabíveis depois de avaliá-las. Entre os pedidos, estão, por exemplo, o do presidente da Associação de Moradores de Barracão dos Mendes, Jorge Pajuaba, que solicitou apoio aos trabalhadores rurais da região junto ao INSS, pois muitos têm dificuldades em regularizar suas situações. Ele requisitou também o asfaltamento da estrada Fri-113, onde ocorre o escoamento de toda a produção rural da localidade e uma maior união entre as autoridades, no que diz respeito à fiscalização da água.
Já o presidente do Circuito Tere-Fri e coordenador do movimento Presídio-Não, Luiz Moraes, pediu o auxílio do MP no sentido de que não seja construída nenhuma casa de custódia em Nova Friburgo. Moraes sugeriu que seja realizado, pelo menos, um plebiscito junto à população, para que qualquer decisão tomada pelas autoridades não seja de forma imposta.
A presidente da Associação de Moradores de Campo do Coelho, Leni dos Reis Adão, solicitou maior atenção ao 3º distrito de Nova Friburgo. “Nosso asfalto está em péssimas condições. Além disso, o posto de saúde da localidade funciona de forma precária. Gostaríamos que fossem tomadas providências”, afirmou.
Quem também pediu ajuda ao MP durante a audiência foi a representante do bairro Rui Sanglard, Tânia Maria Guimarães da Silva. “No Loteamento Vale Radiante, que fica na parte de cima da localidade, não há saneamento, água encanada nem linhas de ônibus. Além disso, foi construído um muro de contenção que não passa a menor segurança. Os moradores estão correndo riscos de acontecer uma tragédia” revela.
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