Editorial - Futuro incerto

quarta-feira, 10 de março de 2010
por Jornal A Voz da Serra

ATUALMENTE os professores protestam contra os baixos salários recebidos para uma função tão nobre. Mas este é apenas um pequeno detalhe no universo de problemas existentes na educação nacional. Existem outros.

VALORIZAÇÃO é a palavra que não cabe no dicionário do professor. Em todas as cidades, é consenso a decepção da categoria com os rumos da educação, vitimada por todos os lados, inclusive em sua integridade física, onde já se assiste a agressões, a professor apanhando de aluno dentro da escola. Desenvolver este fundamental contingente de profissionais, promovendo seu aperfeiçoamento e pagando-lhes salários dignos é o desafio imediato para quem quer formar gerações de cérebros no futuro.

PESQUISA recente sobre salários dos profissionais da rede estadual em todo o país mostrou que o Rio de Janeiro paga R$ 1.618,14 para uma jornada de 40 horas semanais, o décimo quarto salário no ranking dos estados brasileiros. Mau resultado para um estado que tem sérios compromissos com o país e o mundo, como o pré-sal, as olimpíadas e outros eventos internacionais que motivam e impulsionam a juventude.

QUANDO assumiu o governo municipal em 2009, o prefeito Heródoto propôs uma mudança radical na educação friburguense, com o fim da aprovação automática e a criação de turno único para os alunos da rede pública. O desafio continua de pé, a começar pelas limitações financeiras e a falta de infraestrutura para construir novas escolas que comportem a presença do aluno em tempo integral.

O ENSINO friburguense depende de investimentos para a sua melhoria e a obtenção de recursos vai depender de articulação política do governo municipal em todas as esferas. O aluno quer a melhoria da educação que lhe é oferecida e esta expectativa não pode ser frustrada, sob o risco de comprometer o futuro de milhares de jovens cidadãos e o desenvolvimento de Nova Friburgo.

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