A CADA chuva forte que cai nas cidades revela-se, na enxurrada, um dos grandes causadores de entupimentos, sujeira e poluição – as sacolas plásticas. São elas responsáveis por transtornos que até agora continuam a tornar o meio ambiente um assunto sério, que preocupa governos, empresas e cidadãos.
UMA DAS mais expressivas decisões para as ações de sustentabilidade foi tomada pela rede varejista Carrefour, ao anunciar que banirá a utilização de sacolas plásticas em todos os seus supermercados no Brasil nos próximos quatro anos. Após tentar sem sucesso reduzir o número de sacolas, optaram por uma solução radical, eliminando-as de suas lojas.
MUITOS países e cidades já tomaram providências contra as sacolas. Desde janeiro, entrou em vigor em Washington uma lei que proíbe a distribuição gratuita de sacolas plásticas no comércio. Quem não leva sua própria bolsa pode carregar os itens na mão ou pagar US$ 0,05 quase R$ 0,10 por sacola. Grandes redes de varejo nos Estados Unidos já começaram a premiar com dinheiro ou créditos a iniciativa de consumidores que carregam suas próprias sacolas reutilizáveis.
ALÉM DE poluentes, as sacolas causam muitos outros impactos ambientais. São elas as responsáveis por entupimentos de bueiros e saídas d´água em decorrência das chuvas e enxurradas, além de colocar a vida animal em risco através de sua ingestão indevida. Consideradas um símbolo do desperdício no consumo, as sacolas plásticas têm sido culpadas pela poluição nos oceanos e emissão de carbono.
A EXTINÇÃO das sacolas plásticas conta com o apoio da população e como já ocorre em muitas cidades em todo o país, inclusive em Nova Friburgo, a medida tem sido bem aceita e compreendida por todos. A sociedade, aos poucos, vem assimilando este indigesto lixo, e está se conscientizando de sua redução, cuja causa está na origem e não somente no usuário que irá descartá-la. A mudança deve partir de quem produz.
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