POR MAIS um ano o consumidor brasileiro continua a pagar a fatura mais cara do mundo pelo uso do telefone celular, de acordo com o índice de Paridade de Poder de Compra, apesar de estar gastando menos de sua renda com esse serviço. É o que mostra a União Internacional de Telecomunicações (UIT) numa comparação entre 159 países.
MESMO QUE o preço da tarifa do celular no Brasil tenha caído 25%, da banda larga 52% e da telefonia fixa 63%, levando em conta a renda per capita, o relatório da UIT mostra que esses custos continuam elevados e representam “sério obstáculo” ao acesso e desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação no país.
NO CASO do telefone celular, o Brasil fica em 121º lugar entre os 159 países no custo dos serviços. O custo por um pacote de 25 chamadas e 30 torpedos é estimado em US$ 42 por mês, comparado a US$ 1 em Hong Kong, US$ 9,8 na Suíça e US$ 14,6 no México. Na telefonia fixa, o pacote básico no Brasil custa US$ 13,40 pela assinatura, enquanto no Irã seria de apenas US$ 0,20. A média é de US$ 9 nos países em desenvolvimento.
NA CONTRAMÃO dos serviços prestados, cresce a cada dia o número de usuários brasileiros que possuem um aparelho celular. Faz parte, hoje em dia, da identidade pessoal. Porém, ainda existe um longo caminho a percorrer para atingir a tão sonhada exigência que a tecnologia oferece. Sofisticados, modernos e caros, são motivo de cobiça permanente do consumidor. Porém, como se conseguirá utilizá-lo normalmente é outra conversa.
ASSIM COMO a Anatel, que regulamenta as atividades do setor no país, o governo municipal pode fazer a sua parte pressionando as autoridades no sentido de melhorar as telecomunicações na cidade. Com os enormes avanços das comunicações, é inadmissível que Nova Friburgo não receba plenamente os benefícios da inclusão digital.
O ESFORÇO político será recompensado com a melhoria da qualidade de vida da população, o que certamente se traduzirá em votos para os seus autores e mais prestígio para a cidade.
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