Editorial - Garotada consciente

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

A RECENTE inauguração de uma pista-modelo, no Batalhão de Polícia Militar, para que as crianças tenham formação de educação no trânsito revela que, muito mais que os motoristas, as crianças precisam aprender as noções que as levarão a uma direção mais segura e responsável, quando forem sentar ao volante. A educação cede espaço para a cidadania e a formação de bons condutores é uma medida sem dúvida salutar para o futuro.

O DRAMA DO trânsito não diz respeito apenas às escolas da rede pública. Os colégios particulares também convivem com o trânsito indisciplinado, levando perigo às crianças. Além das estradas como a RJ-116, em seu trecho urbano, ruas como a General Osório convivem com o risco diário, sem que haja alguma proteção por parte dos fiscais da Autran. O resultado confronta a educação levada pelos estabelecimentos de ensino com a realidade da má educação do trânsito no município.

OUTRAS escolas também sofrem com o mesmo problema. Uma delas é o Colégio Municipal Odete Penna Muniz, na Praça da Bandeira, no bairro de Vila Nova. Centenas de crianças que lá estudam ficam à mercê da boa vontade dos motoristas para se locomoverem com tranquilidade na travessia daquela área. Além disso, a Uerj leva centenas de automóveis diariamente ao Parque da Cascata, aumentando consideravelmente o número de veículos no local, sem falar na movimentação cotidiana da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

A EDUCAÇÃO do trânsito vem sendo objeto do esforço do governo municipal, porém, os efeitos ainda não foram sentidos pela população. As escolas, por movimentarem número expressivo de jovens cidadãos, devem dar o exemplo e a Autran pode colaborar, em muito, na formação de uma nova mentalidade, mais preventiva e atenta às regras de trânsito, a despeito das dificuldades de sensibilizar os atuais motoristas. A vida humana, ao contrário do que muitos pensam, é mais importante que a máquina.

AS MEDIDAS de prevenção de acidentes nas proximidades das escolas, embora necessárias, ainda não foram implementadas de forma abrangente, criando uma cultura de prevenção que comece cedo nos bancos escolares e ofereça um exemplo de organização, melhorando a sinalização em frente aos estabelecimentos de ensino.

O PEDESTRE, que é a prioridade nas políticas de trânsito do país, ainda não pode se sentir recompensado em Nova Friburgo. Ao contrário, o grande número de veículos impõe um trabalho diuturno das autoridades, planejando a cidade para esta difícil convivência.

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