Notas do Repórter - 13 de fevereiro

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

Gays nas Forças Armadas

A palavra preconceito serve para estigmatizar atitudes que, mesmo coerentes, atentam contra minorias e discordam de uma certa frouxidão moral que vai, acometendo a sociedade. Ninguém é contra homossexuais masculinos e femininos e eles têm ampla liberdade de associação, reunião e manifestação até por órgãos especializados, mas as famílias brasileiras os querem longe de seus filhos e filhas e, ainda hoje, é uma catástrofe quando se constatam desvios de comportamento dentro de casa. O restante fica por conta da hipocrisia de se dizer “sem preconceitos” quando, praticamente, estamos cheios deles de ordem social, racial, econômica e cultural.

O general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho, indicado para uma cadeira no Superior Tribunal Militar (STM), ao ser sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, na forma da lei, foi incisivo ao condenar a presença de gays nas Forças Armadas, apesar de existir e ponderou que pelas suas características, a carreira das armas não pode prescindir de respeito, confiança e liderança, bases da disciplina e da hierarquia. Quebrada a cadeia de comando, no caso castrense, nada mais resta. “O indivíduo não consegue comandar. A tropa fatalmente não vai obedecer. Isto está provado. Não que o indivíduo seja criminoso e sim o tipo de atividade. Se ele é assim, talvez haja outro ramo de atividade que ele possa desempenhar”. E, aduzimos, que não encerre tanta responsabilidade com vidas e material além da farda representar, em última análise, o país.

No recente e malsinado projeto de Direitos Humanos que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou sem ler (segundo declarou) item que também causou repulsa foi o do casamento legalizado, na forma do Código Civil, entre parceiros do mesmo sexo. E o mais veemente partiu da Igreja Católica que, em defesa da instituição familiar peça básica da sociedade, pressionou o governo que recuou e está repensando a avançadinha proposta dos marxistas palacianos. O general Cerqueira Filho, com suas declarações, que de imediato suscitaram protestos e reclamações de associações de homossexuais, cristalizou o pensamento da família brasileira que apesar de tolerar certos modismos, não aceita mudanças estruturais de comportamento tão extravagantes como o casamento civil de gays. Um comandante de soldados, sob fogo ou não, precisa ter autoridade inconteste pelo posto e pelas atitudes. Pretender o contrário, ou mesmo a simples presença de gays em setores militares como estratégia, vigilância, inteligência, segurança nacional é vulgarizar áreas das quais depende a soberania nacional. O general, ao fim da sabatina, foi aprovado por unanimidade para o cargo de ministro do STM.

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