Polícia fecha mais um escritório de agiotagem no Centro

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
por Jornal A Voz da Serra

No ano de 2009 a 151ª DP registrou dezenas de casos de pessoas que estavam sendo ameaçadas por telefone depois de terem feito empréstimos junto a empresas de dinheiro rápido e fácil existentes na cidade. Após um período de investigação, as polícias Civil e Militar, juntamente com agentes do Departamento de Posturas da Prefeitura, realizaram diligências em dois escritórios e constataram a prática de agiotagem. Na tarde de quarta-feira, 13, policiais do 11º BPM e da 151ª DP foram ao Edifício Mastrângelo, no Centro, onde flagraram mais uma ação criminosa.

Dois policiais da 151ª DP se fizeram passar por clientes para conseguir entrar na sala 202 do prédio de nº 12 da Avenida Alberto Braune. No local havia dois homens que faziam o cadastro dos clientes. Com eles foram encontradas notas promissórias em branco e diversos panfletos de propaganda com a inscrição Dinheiro Fácil - sem consulta a SPC, Serasa e avalista, com o endereço e telefone. Na sala estavam ainda alguns clientes, que também foram para a delegacia como testemunhas.

Entre as vítimas dos agiotas estava uma mulher de 54 anos. Ela contraiu R$ 600 de empréstimo em janeiro de 2009, já pagou R$ 2.494 e estava no local para negociar a dívida. Questionados sobre o esquema, os dois homens que estavam no escritório disseram que não lidavam com dinheiro, apenas faziam as fichas e entregavam a uma pessoa, que as recolhia no fim da tarde. Sobre as ligações, os dois disseram que não tinham nem aparelho telefone na sala, o que foi constatado pelos policiais.

Durante a ocorrência, um dos funcionários disse que havia mais outra sala no quarto andar do prédio, onde ficava uma pessoa com quem tinham pouco contato. Dois policiais civis e um PM foram ao local e conseguiram entrar na sala, mas não havia ninguém, só material semelhante ao apreendido no segundo andar. Ainda quando realizavam a blitz, os policiais foram informados de que um jovem fazia panfletagem na Praça Getúlio Vargas e o detiveram, levando-o para a delegacia com os demais.

Na DP os três funcionários contaram a mesma história em seus depoimentos. Moradores de Itaboraí, Cachoeiras de Macacu e de Japuíba, os envolvidos disseram que começaram a trabalhar esta semana e que não tinham sido encaminhados por conhecidos para uma oportunidade de trabalho na cidade, e que ainda não sabiam como funcionava o esquema. Eles prestaram depoimentos e foram liberados.

Quando os depoimentos estavam sendo tomados, um bombeiro hidráulico de 53 anos chegou à delegacia e disse ter sido vítima de extorsões feitas por homens de uma firma de empréstimos no Shopping Castelinho, na Praça Getúlio Vargas. Como soube que o local tinha sido fechado, decidiu ir à DP registrar o caso. Ele contou que pegou R$ 300 e pagou, durante um ano, R$ 100 por mês mas, quando teve dificuldade para continuar pagando, foi ameaçado de levarum tiro na cabeça.

Para o delegado José Pedro Costa da Silva, titular da 151ª DP, os escritórios pertencem a um mesmo bando. “Estamos trabalhando junto à PM no combate a esse antigo anseio da sociedade friburguense. Muitas pessoas foram lesadas e estamos investigando a ligação dos escritórios. Tudo leva a crer que seja uma quadrilha só”, disse a autoridade policial.

Menor rouba restaurante no Centro

No Jardinlândia, oficina tem maquinário furtado

Um menor de aproximadamente 16 anos, com uma camisa cobrindo parte do rosto e um revólver, abordou a garçonete Josilene Sandre, 30 anos, e roubou R$ 600 do caixa do restaurante Varandão, na Rua Monsenhor Miranda, Centro. O crime aconteceu por volta das 17h30 de quarta-feira, 13. A vítima contou que o adolescente entrou e apontou a arma de fogo, anunciando o assalto. O menor fugiu em direção à Praça Getúlio Vargas.

Na Rua Benjamim Constant, no Jardinlândia, a oficina mecânica Couto e Gomes, de Elessandro Couto de Azevedo, foi invadida e teve máquinas e ferramentas furtadas. O prejuízo foi calculado em torno de R$ 4 mil. O mecânico disse na delegacia que não havia sinais de arrombamento no portão do estabelecimento.

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