NEM BEM começou a pagar as dívidas do Natal, o friburguense já enfrenta um novo desafio financeiro – os altos preços do material escolar. Neste início de ano vai gastar muito mais na compra de material e livros didáticos. Nas escolas particulares, os gastos com um filho podem chegar a R$ 1 mil.
O PREÇO do material escolar subiu quase o dobro da inflação. Enquanto o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de janeiro a dezembro de 2009 foi de 3,65%, produtos como lápis, canetas, cadernos e mochilas ficaram, em média, 6,61% mais caros no mesmo período. No caso dos livros escolares, o aumento médio registrado no ano passado foi um pouco menor, mas ainda assim ficou 4,7% acima do IPC.
NAS listas de livros pedidos por alguns colégios de Friburgo, as famílias chegam a desembolsar R$ 1 mil com um filho no primeiro ano do ensino médio. Um livro de biologia para esse aluno, por exemplo, custa hoje R$ 115. Dois anos atrás, saía por R$ 95,80, um aumento de 20%.
MAS NÃO é só isso. Para completar as subidas de preço na educação, as mensalidades escolares também tiveram um reajuste maior que a inflação. No caso do ensino infantil, o aumento em 2009 foi, em média, de 8,66%. Até os cursos de línguas tiveram aumento superior à inflação.
FABRICANTES de material escolar justificam os aumentos como sazonais. O encarecimento está praticamente todo concentrado no mês de janeiro. Nos 11 meses seguintes, os aumentos são quase imperceptíveis. O comércio sabe que inevitavelmente vai haver procura e aumenta os preços.
A SUGESTÃO dos economistas é que as famílias tentem reaproveitar parte do material utilizado no ano anterior, como caneta, cola e régua, e que façam uma pesquisa de preços antes de comprar. Inclusive na internet. As lojas virtuais costumam ter um preço mais competitivo porque têm menos custos. A troca de livros usados na passagem de um ano letivo para outro também vem ganhando força e ajuda a diminuir o peso no orçamento familiar.
PORÉM, embora procurem alternativas economicamente mais viáveis, os pais desembolsam quantias expressivas para educar os seus filhos. Infelizmente, os governos não se preocupam com estes fatores, que, em muitos casos, puxam a inflação para cima. Ainda falta muito para atingirmos um estágio de ensino que corresponda ao crescimento do país, oferecendo educação de qualidade, a preços acessíveis.
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