O FENÔMENO é bastante conhecido do friburguense. A cidade está vazia de moradores e turistas. Todos estão no mar. Afinal, nada mais natural para quem vive rodeado de montanhas, enfrenta as quatro estações do ano e o turismo na cidade está distante do centro. Rio das Ostras, naturalmente, é a segunda Friburgo, onde é possível que empresários e políticos discutam questões municipais com muito mais entusiasmo que nas monótonas e pouco convidativas reuniões na chamada ‘Suíça brasileira’.
PARA QUEM fica - vale dizer, a maioria da população- permanece a rotina de sempre e cada qual procura a seu jeito o entretenimento e o lazer em suas diversas vertentes. Com poucas opções para se refrescar, se divertir e visitar pontos turísticos, o friburguense não encontra muito que aproveitar nestes dois primeiros meses do ano. Sem dinheiro para viagens, para a grande maioria a solução é procurar alguma atividade que transmita a sensação do verão, das férias escolares e do divertimento.
O TURISMO ecológico ganha força nesta época nos municípios serranos e a região de Lumiar e São Pedro da Serra são destinos obrigatórios para quem ama a natureza. Entre a Mata Atlântica floresce um turismo que atrai não apenas os ‘de fora’, mas também os ‘de dentro’. Friburguenses, finalmente, renderam-se às suas próprias belezas naturais e passam a descobrir os locais, ainda que timidamente, com a mesma vibração que os demais visitantes.
IMPOSSÍVEL não se render à evidência que afirma ser o turismo no município uma grande fonte de renda e emprego, sendo o turismo ecológico uma de suas principais manifestações. Já foi o tempo que apenas os mochileiros frequentavam as matas friburguenses. Hoje a região concentra uma bem-servida rede de pousadas e hotéis de qualidade, oferecendo lazer e entretenimento e movimentando, por conseguinte, a economia local.
ALIADA AO turismo ecológico, uma intensa rede de indústrias do vestuário garante a permanência constante de turistas para compras na cidade. Principal fonte geradora de empregos no município, o setor da moda íntima agrega valores turísticos que são consumidos durante o período em que permanecem na cidade para as compras. Para isto, já existem roteiros urbanos que não tomam muito tempo e permitem a quem visita Friburgo uma visão diferente daquela que apenas qualifica a cidade como ‘capital da moda íntima’.
INÚMERAS são as opções de serviços para quem visita Nova Friburgo. O trabalho desenvolvido nos últimos anos pela secretaria de Turismo criou a cultura turística necessária para que os governantes compreendam a sua importância no contexto econômico e social do município. Empenhada em dar ao setor a continuidade e o devido reconhecimento, a Prefeitura acena positivamente para valorizar o município com muito mais eficiência. Exemplo significativo de gestão competente ocorre na cidade de Niterói, onde o Caminho Niemeyer, culminando com o Museu de Arte Contemporânea, se apresenta como de grande interesse nacional e estrangeiro.
INVESTIR no turismo, assim como na cultura, é uma forma segura de atrair as atenções para o município, movimentando empresas que, por sua vez, geram empregos, fazendo girar a economia. Esperamos que o governo municipal ajude de forma profissional, com recursos financeiros e uma boa logística de transporte e conservação de estradas, estas duas áreas que possuem fortes tradições na vida de Nova Friburgo. Já foi provado no passado que é possível melhorar a economia municipal adotando políticas para os dois setores. É só fazer.
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