(SECOM) - Está quase concluído o Estudo Técnico para a criação do Monumento Natural do Caledônia, o maior do Estado do Rio de Janeiro, composto por 13 montanhas friburguenses: Garrafão, Chapéu da Bruxa, Imperador (também conhecida como Pedra do Elefante), Babilônia, Cardinot, Von Veigl (nome em homenagem ao austríaco Friedrich Von Veigl, fundador do Centro Excursionista Friburguense – CEF), Catarinas (Pai, Mãe e Filha), Montanha da Cruz, Duas Pedras e Cascata (localizada no Parque Ambiental Luiz Simões Lopes do antigo Colégio da Fundação), além do próprio pico do Caledônia.
O secretário de Preservação Ambiental, arquiteto Roberto de Gouvêa Vianna, afirmou que a conclusão do trabalho permitirá que, em 2010, o prefeito Heródoto Bento de Mello decrete o Monumento Natural do Caledônia, que já nascerá protegido pelo Sistema Nacional de Atividades de Conservação (Snuc), através da Lei Federal Nº 9.985, de 18/07/2000. Segundo ele ainda, a providência tem consonância com a proposta que vem sendo defendida pelo chefe do Executivo, “do município-parque que acolhe uma cidade”.
Consultas públicas e 62, 5 km² de área protegida
“Desde meados de julho estamos realizando estudos para delimitar a área do Monumento Natural e chegamos a 62,5 quilômetros quadrados, sem contar com a área do Parque Estadual dos Três Picos. Terminaremos os estudos ainda este ano e o encaminharemos ao prefeito para análise. Nossa intenção é começar 2010 realizando consultas públicas, baseadas no estudo técnico, o qual nos dará todas as diretrizes para a conclusão do trabalho”, explica o secretário.
O mapa da cidade que há em um dos computadores da Secretaria de Preservação Ambiental, com as coordenadas geográficas, mostra uma grande área verde abraçando a área urbana de Nova Friburgo. Viana explica que o objetivo principal da criação do monumento é preservar e proteger o patrimônio natural, a fauna e a flora, para garantir a qualidade de vida da população.
“Sem dúvida, Nova Friburgo é um grande parque, mas precisamos estar atentos à Lei do Snuc, que é restritiva. No caso de Monumento Natural, é necessário considerar códigos de obras e uso do solo, por exemplo, mas não impede que haja moradores. Para o estudo técnico, felizmente, contamos com parceiros, como funcionários do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e voluntários, que dedicam horas do dia fazendo estudos e indo a campo”, comentou Roberto Viana.
Segundo o secretário, a partir deste estudo técnico está sendo criado, na Secretaria, um banco de dados com informações históricas, fotografias e levantamentos sobre construções e/ou áreas particulares ou do município, pertencentes à área delimitada do Monumento Natural.
Vianna e sua equipe estão empenhados no projeto e se certificam de que há diversas áreas ainda preservadas no município, porém outras extensas áreas que precisam ser recuperadas. E comenta: “Nova Friburgo já se beneficia com o ICMS Ecológico (também conhecido como ICMS Verde), no valor aproximado de R$1 milhão, por ter adotado medidas anteriores”. Segundo ele, “46% do município são de unidades de conservação. Um projeto como este garante água em quantidade e qualidade. Os friburguenses e os moradores de áreas de municípios vizinhos ganham... assim como o Estado do Rio de Janeiro, o país!”,comemora.
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