NÃO CAUSA espanto algum a motoristas que trafegam pelas rodovias brasileiras a avaliação feita pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) sobre nossas estradas, apontando que quase 70% delas foram consideradas regulares, ruins ou péssimas. Mesmo com a terceirização de algumas delas, paga-se muito neste país de dimensão continental para circular em pistas perigosas e inseguras.
A AVALIAÇÃO incluiu 90 mil quilômetros de rodovias, incluindo as pavimentadas federais e as principais estaduais deixando fora do estudo as estradas municipais vicinais. As pistas simples de mão dupla predominam no país (88,9%), e cerca de 46% dos trechos não têm acostamento. Para resolver o problema das estradas no país a CNT estima um gasto de R$ 32 bilhões.
COMO SE percebe, apesar dos milhões gastos pelo governo em serviços de conservação e investimentos em rodovias não privatizadas, ainda há muito que fazer. A expansão econômica do interior brasileiro impõe, portanto, uma gestão eficiente da malha rodoviária e um investimento pesado na infraestrutura.
POR TERRAS friburguenses, as rodovias estaduais também pedem por investimentos. A RJ-142, Mury-Lumiar, mesmo com o trabalho de recuperação de trechos precisa de manutenção constante, facilitando o acesso à região turística de Lumiar e à estrada Serramar. Pela Friburgo-Teresópolis, nota-se igualmente a falta de manutenção, o mesmo acontecendo com a estrada que liga o município a Sumidouro.
O CENÁRIO apontado no estudo mostra que os investimentos em infraestrutura rodoviária ainda são insuficientes. O estado do Rio se defronta com novos desafios, como o Comperj, o Petrosal, as Olimpíadas, e, para tanto, precisará mostrar que as condições de dirigibilidade da imensa malha viária, o que não ocorre hoje. É preciso que a administração estadual, juntamente com o governo federal, possa dar mais segurança ao fluxo de transporte que já ocorre nas estradas fluminenses.
NO PLANO municipal, as estradas vicinais também sofrem com a falta de investimentos. Algumas, felizmente, conseguem receber verba de manutenção, porém são obras pontuais obtidas através de interesses políticos setoriais, sem nenhum planejamento.
FRIBURGO, com uma importante indústria, agricultura e turismo não pode ficar sem os necessários investimentos rodoviários. Cabe ao governo esforçar-se para obter mais verbas estaduais e federais, pois protelar a decisão é transferir um grave problema que aumentará o tamanho dos buracos a cada ano.
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