Editorial - Tempo que passa

quinta-feira, 01 de outubro de 2009
por Jornal A Voz da Serra

O DIA Internacional do Idoso, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1999, serve para refletir a respeito da situação do idoso no mundo, seus direitos e dificuldades. Para a organização, o envelhecimento da população significa uma possibilidade de amadurecimento dos atos e das relações sociais, econômicas, culturais e espirituais da humanidade.

PALAVRAS como independência, participação, cuidado, autossatisfação, possibilidade de agregar novos papéis e significados para a vida na idade avançada são, resumidamente, palavras chave dentro de qualquer política destinada aos idosos, em qualquer parte do mundo, no Brasil e também em Nova Friburgo. É preciso, pois uma atenção redobrada dos governos, em todos os níveis.

A POPULAÇÃO no mundo está ficando cada vez mais velha e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), por volta de 2025, pela primeira vez na história, haverá mais idosos do que crianças no planeta. O Brasil, que já foi celebrado como o país dos jovens, tem hoje cerca de 15 milhões de idosos, que representam mais de 8% de sua população. Em 20 anos, seremos o sexto no mundo com o maior número de pessoas idosas.

O DADO serve de alerta para que o governo e a sociedade se preparem para essa nova realidade não tão distante. No Brasil, são muitos os problemas enfrentados pelos idosos em seu dia a dia: perda de contato com a força de trabalho, desvalorização de aposentadorias e pensões, depressão, abandono da família, falta de projetos e de atividades de lazer, além do difícil acesso a planos de saúde são os principais.

SEGUNDO pesquisa do IBGE, apenas 30% do total de idosos no País possui algum plano de saúde, sendo que em algumas regiões como o Nordeste essa taxa ainda cai para 15%. As mulheres são ainda mais afetadas, porque vivem mais tempo e, em geral, com menos recursos e menos escolaridade.

O PROBLEMA do idoso, inclusive em Nova Friburgo, está na melhor adequação da infraestrutura pública para atender este contingente. Políticas de inserção social precisam ser implantadas para que o idoso não se transforme em grupo marginalizado, sem receber as vantagens do Estado. Centros de convivência e ações sociais de inclusão devem ser implantados visando a proporcionar melhores momentos a este importante núcleo da população que soma hoje no município, a quase 25 mil pessoas, ou mais de 10% de nossa população.

A PREEFEITURA tem se preocupado em oferecer novos espaços de lazer à cidade, beneficiando inclusive os idosos. A remodelação de praças e o estímulo à convivência são fatores importantes que precisam continuar através de outras práticas, inserindo a chamada ‘terceira idade’ na vida ativa da cidade. Através de políticas públicas, será possível proteger mais os idosos e aprimorar as soluções para uma situação que tende a se agravar com o decorrer dos anos.

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