Autoatendimento está liberado para a população

segunda-feira, 28 de setembro de 2009
por Jornal A Voz da Serra

Bancários iniciaram greve por tempo indeterminado, no dia 24, lutando por avanços que também vão trazer benefícios para toda a sociedade.

Por culpa dos banqueiros, a categoria bancária entrou em greve por tempo indeterminado no dia 24 de setembro. Para diminuir os efeitos para a população, os setores de autoatendimento estão sendo deixados abertos para o uso irrestrito.

A greve foi a única alternativa que restou para os trabalhadores. Durante semanas, os bancários buscaram o caminho do diálogo, mas os donos dos bancos se negam a dar aumento real para os salários e querem reduzir a participação nos lucros e o auxílio-creche/babá dos trabalhadores.

Apesar de cobrarem tarifas e juros exorbitantes e lucrarem bilhões, recusam-se também a contratar mais funcionários para atender a população e, pior, continuam a demitir, razão das longas filas que tomam conta das agências.

Os bancos também descumprem as normas de segurança bancária nas agências e colocam em risco a vida de bancários, vigilantes e clientes.

Os banqueiros ainda obrigam seus funcionários a vender produtos (como cartões de crédito, seguro, previdência privada entre outros) com metas cada vez mais absurdas, o que incomoda o cliente e causa o adoecimento dos trabalhadores. Se depender dos donos dos bancos, nada disso vai mudar.

Por tudo isso, a categoria conta com o apoio e compreensão dos cidadãos, pois a nossa greve não tem por objetivo atrapalhar. Pelo contrário, queremos que os bancos brasileiros sejam mais responsáveis com a sociedade, aumentando o número de bancários para o atendimento, reduzindo tarifas e juros, ampliando o crédito e garantindo mais segurança nas agências, informa a direção do Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo.

Por que os bancários estão em greve

Aumento real de salários – 10% e os bancos oferecem 4,5%, que repõe apenas a inflação.

PLR – Os banqueiros querem reduzir o teto da PLR de 15% para 4% do lucro líquido, enquanto poucos executivos recebem bônus de milhões de reais. Exigimos três salários mais R$ 3.850 por bancário.

Garantia de emprego – as fusões estão gerando insegurança nos bancários. Os altos lucros dos bancos brasileiros não dão espaço para demissões.

Fim das metas abusivas e do assédio moral – a pressão tem adoecido bancários e tornado o clima nos locais de trabalho insuportável.

Manutenção de todas as conquistas – Bancos tentam reduzir o período de pagamento do auxílio-creche/babá.

Auxílio-educação para todos os bancários – Bancos como o Bradesco ainda não atenderam à reivindicação, apesar de exigirem formação superior.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade