(SECOM) Um problema que já se arrastava há muitos anos foi solucionado na última quinta-feira, 24. A Secretaria Municipal de Assistência Social conseguiu a retirada da última família alojada no Centro de Referência de Assistência Social (Cras), no centro do distrito de Conselheiro Paulino. O subsecretário de Assistência Social, Diogo Celles Cordeiro, e o coordenador do Cras local, Mario Cesar Carestiato, explicaram que a ação foi totalmente amigável.
Além disso, a conclusão também esta semana das reformas das unidades da Casa de Passagem foi outra conquista da Pasta, cujo secretário é o vice-prefeito Dermeval Neto, que vem desenvolvendo diversos trabalhos de atendimento às camadas de baixa renda. O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), em parceria com a Secretaria municipal de Educação, é um dos exemplos, com oferta de cursos e atividades extraescolares, incluindo aulas de reforço.
Abrigados
O subsecretário Diogo relata que “em 1996, muitas famílias se abrigaram no local, em virtude das enchentes e, em janeiro deste ano, encontramos cerca de 30 pessoas morando em condições precárias. Felizmente, com muito diálogo, conseguimos, aos poucos, convencê-las de que seria melhor procurarem outro local”, explicou o subsecretário, acrescentando ainda que a Secretaria de Assistência Social está procurando incluir essa última família no plano habitacional. Enquanto isso, o atual governo municipal, através do programa de Aluguel social, assumiu o pagamento do aluguel de um imóvel, em local escolhido pela própria família, no valor máximo de R$200 (duzentos reais), durante 30 meses.
O coordenador do Cras no distrito, Mario Carestiato, tem motivos de sobra para comemorar. A saída da última família vai permitir obras de revitalização do espaço, que permitirão atender ainda mais e melhor a comunidade: “distribuímos cestas básicas para famílias cadastradas; fazemos visitas domiciliares; oferecemos curso de culinária às segundas, terças, quintas e sextas-feiras, no período da manhã e há uma padaria-escola. O Cras será murado, acabarão as infiltrações e teremos como atender muito melhor aos moradores de Conselheiro Paulino e região, oferecendo atividades gratuitas e assistência social”, esclareceu enquanto passava pela cozinha onde acontecia uma aula de culinária.
“Tem aluna que já está recebendo até encomenda de bolo para o final de semana. Com o material disponível, definimos a receita do dia”, comentou a professora Maria José Costa, acompanhada de suas alunas.
Dona Eliana Rodrigues, integrante da última família a deixar o Cras, onde morou com seu marido e um filho, não acreditava que um dia o seu problema seria resolvido. “Quando vi, aconteceu. O secretário, Diogo e Mario conversaram muito com a gente e com jeitinho tudo se resolveu. Vim morar aqui em 2001, quando caiu uma barreira na antiga linha do trem, no Maria Tereza, onde eu morava. Cheguei a voltar pra lá, mas caiu barreira de novo e isso se repetiu mais de uma vez. Sem ter para onde ir, fiquei aqui por quase dez anos. Agora vou morar no Loteamento São Jorge”, declarou.
Casa de Passagem, reformada e mobiliada
Depois de totalmente reformadas e pintadas, as cinco residências que constituem o abrigo Casa de Passagem, no distrito de Amparo, agora estão recebendo mobília, geladeira e fogão. Até a próxima semana, todas já estarão equipadas. O objetivo é dotar os imóveis com a infraestrutura e os bens necessários para atender com excelência ao público de 45 crianças e adolescentes vítimas de maus-tratos, sendo que hoje aproximadamente 20 menores de 0 a 17 anos estão abrigados na instituição.
A Secretaria de Assistência Social se encarrega de todos os custos (água, luz, gás, telefone, comida, entre outros) referentes à manutenção da Casa de Passagem, além de disponibilizar uma equipe de 15 profissionais - entre “mães sociais”, assistentes sociais, psicólogas, pedagogas e motorista de plantão 24 horas - a serviço das crianças e adolescentes que vivem provisoriamente no local. O atendimento médico e odontológico dos meninos e meninas também é custeado pelo município.
O tempo de permanência na Casa de Passagem é de cerca de quatro meses, período de ressocialização da criança e do adolescente e sua reintegração ao ambiente familiar. “Quando isso não acontece, o prazo pode ser estendido”, explicou o subsecretário Diogo Celles Cordeiro.
No abrigo, as crianças e adolescentes praticam jiu-jítsu, futebol e vôlei, e no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) frequentam os cursos de panificação, barbearia, manicure, cabeleireiro e fuxico, entre outros.
Trabalho infantil
Outra ação importante desenvolvida pela Secretaria de Assistência Social do Município é o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), que funciona como uma complementação do horário escolar. A criança que estuda de manhã frequenta os cursos do Peti à tarde, e vice-versa.
Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, por meio do projeto Tempo de Ser Feliz, são oferecidas aulas de percussão, artes, reforço escolar, inglês e futebol. Todas as aulas acontecem no Roqueano Social Clube, em Olaria.
De acordo com o subsecretário, cerca de 90 crianças são atendidas pelo Peti. Muitas delas foram retiradas do tráfico e encaminhadas ao programa pelo Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas), “que cuida dos casos de alta complexidade”, informou Diogo.
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