Bancários: aumento de salários ou greve

sexta-feira, 18 de setembro de 2009
por Jornal A Voz da Serra
Bancários: aumento de salários ou greve
Bancários: aumento de salários ou greve

Em campanha salarial desde o último dia 10 de agosto, os bancários tentam obter 10% de reajuste, mas os bancos se mantêm intransigentes à reivindicação e ainda não fizeram nenhuma contraproposta. A categoria já assinala a possibilidade de deflagrar greve por tempo indeterminado caso não haja avanço nas próximas rodadas de negociação. Além do aumento de salário, os bancários solicitam participação nos lucros dos bancos, mais contratações de funcionários, limite máximo de 15 minutos de espera nas filas e redução das tarifas e juros, além de investimentos em segurança, melhores condições de trabalho e ampliação do horário de atendimento das agências, o que, consequentemente, geraria a contratação de mais bancários, reduzindo as filas e melhorando os serviços prestados.

Ontem, 17, o Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo chamou a atenção da população com mais um manifesto relacionado a campanha salarial. Desta vez na agência do Unibanco da Praça Dermeval Barbosa Moreira. Com faixa preta na porta e distribuição de panfletos com os motivos da campanha e um repúdio ao comportamento dos banqueiros ante os lucros estratosféricos e a má qualidade dos serviços prestados, os sindicalistas retardaram em uma hora a abertura da agência. O ato contou com apoio da população. Muitos clientes concordaram com a exploração a que os bancários são submetidos. O ato não impediu o funcionamento do setor de autoatendimento da agência.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo, Max Bezerra, criticou a negação dos banqueiros em negociar qualquer percentual de reajuste salarial ante a divulgação recente dos lucros exorbitantes obtidos no primeiro semestre deste ano. “Escolhemos propositalmente o Unibanco para este ato devido ao lucro de R$ 4,58 bilhões obtido por ele que integra agora o maior grupo bancário brasileiro”, disse ele, citando ainda que o Bradesco e o Banco do Brasil somaram, cada, R$ 4 bilhões.

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