UM ALERTA para os problemas causados pelo uso em massa de automóveis será dado na próxima terça, 22, quando se comemora o Dia Mundial Sem Carro. Criada para discutir e refletir sobre o número de veículos nas grandes cidades, a data também poderá ser lembrada nas médias cidades e ainda nas pequenas, já saturadas de veículos. Como Nova Friburgo.
A CADA dia aumenta mais a discussão sobre o transporte em Nova Friburgo, com problemas insolúveis que vão da questão do transporte coletivo e a movimentação de novos veículos e novas linhas, ao tráfego de caminhões pesados pela RJ-116, cruzando a cidade em sua via mais nevrálgica. E ainda, não menos importante, a circulação interna de veículos e caminhões por entre as ruas do centro da cidade.
SOME-SE a isto a sonhada rodovia de contorno, que desengarrafaria o trânsito pesado do centro de Nova Friburgo, unindo Mury a São José do Ribeirão, na vizinha Bom Jardim. Sonho ou realidade, volta e meia o assunto ganha as páginas dos jornais, trazido à baila pelos que veem na estrada a solução para um grande problema urbano. Ou até mesmo pelos políticos, que imaginam, com a obra, diversos benefícios econômicos, inclusive com a valorização do turismo.
A SOLUÇÃO deve anteceder ao saudável debate, posto que uma obra desse porte teria influência direta no cotidiano da cidade, com prejuízos e benefícios que precisam ser detectados e avaliados com clareza. O trânsito é um nó na administração pública, uma questão que envolve considerável soma de recursos para que algumas ações possam surtir efeitos e não se prende apenas e tão somente a um mandato eleitoral. É uma questão permanente que se impõe através do trabalho de longo prazo.
PARA QUE o ato de dirigir não seja sinônimo de sofrimento, é preciso que as autoridades reflitam com mais atenção para as dificuldades do trânsito no município. Somente através de investimentos será possível reverter esta sombria constatação, que prejudica a população em todos os níveis, seja ela motorista ou não, e deteriora as vias públicas.
CIDADE QUE se orgulha da forte tradição industrial e turística, não é recomendável que Nova Friburgo tenha um trânsito confuso e muitas vezes indisciplinado. É preciso que o poder púbico enfrente o problema com energia e determinação, oferecendo novas alternativas para quem visita a cidade e para quem é obrigado a conviver diariamente com este problema.
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