O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) deve concluir até o fim do mês que vem as obras de construção de acostamentos ao longo de 1,2 quilômetro na pista de sentido Amparo da rodovia RJ-150 (Nova Friburgo-São José do Ribeirão), entre o entroncamento com a Avenida Hans Gaiser e a Ponte do Maduro, no acesso ao bairro Chácara do Paraíso. Equipes com pás mecânicas estão desbastando a vegetação e a base de rochas às margens da estrada, abrindo calçadas e pavimentando-as com asfalto. A medida visa permitir a construção de calçadas para facilitar o tráfego de pedestres que costumam arriscar a vida disputando espaço com veículos na estrada que tem várias curvas sinuosas, o que aumenta a chance dos passantes serem colhidos pelos veículos durante caminhadas.
O engenheiro chefe do DER-RJ em Nova Friburgo, Marcelo Góes Telles de Brito, informou que os acostamentos serão construídos nos espaços onde for possível, já que ao longo da rodovia há trechos onde as rochas chegam até a margem da faixa de rolamento. Posteriormente há a intenção de pavimentar alguns trechos do acostamento na pista de sentido Centro, entre a Ponte do Maduro e a fábrica Haga. A obra iniciada há cerca de duas semanas é fruto de intermediação do deputado estadual Olney Botelho e está sendo executada com recursos próprios do DER-RJ e já conta com o apoio de quem se arrisca todo dia ao caminhar pela rodovia.
A costureira Maria Angélica Motta, mora na Chácara do Paraíso e trabalha numa confecção no bairro Vila Nova. Como ela opta por ir trabalhar a pé, está ciente do risco diário. “Sempre tenho medo de caminhar por essa estrada, mas tenho que de economizar o dinheiro da passagem. Os ônibus e carros passam correndo e sempre tenho que me jogar no mato para não levar um esbarrão ou ser atropelada. Outro dia, um rapaz teve ferimentos no braço ao esbarrar no espelho da porta de um carro que passou correndo”, relata a mulher.
O aposentado Ernani Velloso, faz coro: “Nas curvas a situação é pior. Alguns motoristas entram fechado nas curvas e coitado do pedestre. Se não tiver como correr para o mato é atropelamento na certa. Quando cruzam dois ônibus na estrada eu saio da pista e espero eles passarem”, dá a dica. Marcelo Brito lembra que não há previsão do DER-RJ, pelo menos por enquanto, de estender a construção do acostamento na pista de sentido Amparo, no trecho entre o Hospital Unimed e o acesso ao loteamento Morro do Orfanato, como solicitou ano passado a Associação dos Moradores da Chácara do Paraíso.
O trecho também é bastante perigoso, sinuoso e com dois precipícios, na pista de sentido Centro, entre o Loteamento Parada Raquel e o Hospital Unimed, onde pedestres arriscam a vida ao se deslocarem a pé para ir ao comércio no Centro da Chácara do Paraíso. Logo após a Ponte do Maduro, na pista de sentido Amparo, os pedestres deverão ter que continuar a redobrar o cuidado, pois não há espaço para construção de acostamento na margem do córrego dos Inhames.
Pavimentação da RJ-148, entre Conselheiro e Riograndina, ainda sem data para começar
O tão esperado asfaltamento da rodovia RJ-148 (Nova Friburgo –Carmo), entre os distritos de Conselheiro Paulino e Riograndina, ainda não tem data para começar. Embora tenha sido ventilada a aprovação do projeto de substituição do calçamento de paralelepípedos por camada asfáltica no trecho até o Centro de Riograndina e o recapeamento do pavimento do trecho entre o ponto final da linha Centro-Riograndina, na localidade conhecida como Canta Pneu, e Vargem Grande, na Zona Rural de Duas Barras, ambas as obras ainda não foram licitadas pelo DER-RJ.
O engenheiro chefe do órgão, Marcelo Brito, porém, acredita que a pavimentação no total de 17 quilômetros deva ser iniciada até o ano que vem, já que o projeto de execução já foi encaminhado à superintendência do DER-RJ no Rio de Janeiro. Os moradores dos distritos de Conselheiro Paulino e Riograndina que utilizam a RJ-148 diariamente sentem-se desprestigiados devido ao péssimo estado de conservação da rodovia. A comunidade, inclusive, já chegou a realizar atos públicos de protesto para denunciar a necessidade urgente da pavimentação da estrada.
“Através da RJ-148 podemos chegar a Minas Gerais com uma hora e meia de viagem, mas os lucros que os produtores rurais poderiam ter são frustrados pelas péssimas condições de tráfego. Se a estrada fosse pavimentada, até o turismo poderia ser incrementado atraindo visitantes mineiros para essa região. Os clientes de empresas situadas nas margens da RJ-148 se assustam com as condições de tráfego”, denuncia o empresário Erickson das Bandeiras. O trecho da rodovia RJ-148 entre Vargem Grande e Sumidouro já foi pavimentado.
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