O Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo iniciou na última quinta-feira, 27, a campanha salarial da categoria, com uma panfletagem que percorreu as ruas e agências bancárias do centro da cidade. Acompanhados de banda de música e portando uma grande faixa, os integrantes do sindicato entregaram a minuta de reivindicações da categoria nas agências e distribuíram panfletos à população. Os bancários estão pleiteando a reposição das perdas salariais e ganho real através de um reajuste de 10% e maior participação nos lucros e resultados (PLR), de forma a torná-la mais justa para toda a classe.
A categoria quer também a garantia do emprego e o fim das demissões em massa além de melhores condições de trabalho para evitar o adoecimento dos empregados. O fim das metas de vendas de produtos como seguros, investimentos e cartões de crédito é outra exigência da classe que reclama das pressões para o cumprimento de resultados, gerando assédio moral e problemas mentais.
Lançada nacionalmente no dia 11, a campanha de 2009 contém ainda reivindicações que visam melhorias para clientes e usuários como: mais segurança nos autoatendimentos e nas agências; respeito à lei da fila, com contratação de mais bancários; tarifas mais baixas para os serviços bancários; redução dos juros e distribuição de mais crédito. O fim das terceirizações, com a contratação dos trabalhadores como bancários, é outra proposta da campanha que pede maior igualdade de oportunidades para negros e mulheres, com acesso a todos os cargos e fim da discriminação nos processos seletivos.
As propostas constam do panfleto distribuído nas ruas pelo sindicato. O folheto também contém uma crítica às instituições bancarias. “Apesar da crise mundial, o sistema financeiro brasileiro continuou gerando riquezas para os banqueiros. No primeiro semestre deste ano os bancos lucraram R$ 14,33 bilhões. Mas este lucro não se transformou em melhores condições de trabalho para os bancários, nem num atendimento mais eficiente para você”, diz trecho do folheto.
Liderada pelo presidente do sindicato, Max Bezerra, a abertura da campanha atraiu a atenção de quem passava pelas ruas do centro e marcou antecipadamente o Dia do Bancário, comemorado nesta sexta-feira, 28. “Não temos o que festejar nesta data e essa manifestação marcou a luta da nossa categoria contra a ganância dos banqueiros. Só este ano os bancos demitiram 2.224 trabalhadores”, disse Max.
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