Editorial - Prever para não perder

terça-feira, 25 de agosto de 2009
por Jornal A Voz da Serra

QUE O clima no mundo está alterado, já não é mais novidade. E que o meio ambiente, por conseguinte, sofre as consequências, também. A expansão de doenças, a desertificação, terremotos e furacões, seca e incêndios na Amazônia são apenas alguns exemplos dessa ação que pode chegar à irreversibilidade, caso o homem não mude a sua relação com o ambiente, através de medidas de prevenção. Ainda é hora de prevenir para não remediar.

NO PLANO municipal, as consequências da alteração climática também devem ser avaliadas pelos técnicos do governo, planejando soluções em longo prazo e também no curto prazo. Prevenindo-se das chuvas, que frequentemente caem na região, evitando que as mesmas tornem vulneráveis as encostas e outras áreas de risco, as autoridades podem dar uma grande contribuição para a comunidade, hoje e no futuro.

AS SOLUÇÕES de longo prazo para evitar tais problemas passam pela implementação do Plano Diretor com medidas que demandam tempo e dinheiro, este menor que as perdas com os prejuízos das inundações urbanas. Porém, como estamos nos aproximando das temporadas de chuvas da primavera e verão, algumas medidas devem ser tomadas em curto prazo, como a manutenção da rede de drenagem e ainda na continuidade da dragagem dos rios do município.

DENTRE as políticas públicas, é necessário também que o governo dê atenção especial à proliferação de ocupações irregulares, buscando formas de habitação que tragam benefícios ao meio ambiente e aos próprios moradores. Em geral, infelizmente são as populações mais carentes que, por falta de opção e de dinheiro, tendem a ocupar tais áreas de risco iminente.

A OCUPAÇÃO de encostas e morros, como existe em Nova Friburgo torna ainda mais vulnerável a bacia urbana, tanto pela remoção da vegetação que protege o solo, como pela exposição à erosão a que ficam submetidos. As chuvas causam a erosão e levam mais material sólido, além do lixo, para as estruturas de drenagem, comprometendo seriamente a capacidade de escoamento.

COMO HÁ muito que fazer, é preciso que a população esteja consciente em termos de educação ambiental. Não jogar pequenos lixos nas ruas pode parecer atitude despretensiosa e isolada, porém, se multiplicada por quase todos os habitantes da cidade fornece excelentes resultados para minimizar o impacto das inundações. É necessário que cada um faça a sua parte para o alcance de uma Nova Friburgo mais limpa e agradável. E mais protegida.

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