Aos papais, toda a felicidade do mundo

segunda-feira, 10 de agosto de 2009
por Jornal A Voz da Serra

Neste domingo, uma homenagem a todos os que conhecem os sacrifícios e alegrias da paternidade

Texto: Diego Vieira / Fotos: Lúcio Cesar Pereira

Neste domingo, 9, comemora-se o Dia dos Pais. Tradicionalmente celebrada no Brasil no segundo domingo de agosto, a data também é festejada ao redor do mundo nos mais diferentes momentos do ano. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Dia dos Pais acontece no terceiro domingo de junho; em Portugal é no dia 19 de março e na Tailândia é no aniversário do rei Bhumibol Adulyadej, 5 de dezembro. Mas, ainda que o mundo celebre a data em dias diferentes e que o mundo sofra constantemente as mais diferentes mudanças, o papel de um pai continua a ser o mesmo. Ou não?

Diante de um filho, o pai ainda carrega um ostensivo peso moral que quase sempre é determinante na formação de um indivíduo. E como são os pais? Criaturas tentaculares, são capazes de oferecer afago, conselhos, puxões de orelha, exemplos e mais um monte de coisas, tudo num só pacote. A mesma mão que conforta, também pode oferecer o castigo. Pais são capazes de carregar os filhos em um braço e tudo o mais no outro e seguir em busca de uma vida melhor, através de um mundo desconhecido, apenas com a coragem e a necessidade de ir em frente. Ser pai é como ser um retirante, é tentar proteger os seus, mesmo quando o destino não fornece as armas necessárias para defender a si mesmo.

E o que é ser pai no mundo de hoje? Como reagir diante das ameaças que a vida pode oferecer? Como proteger os filhos sem privá-los das necessidades e riscos que sempre se encontram pelo caminho? As respostas são as mais diversas. Há quem defenda que se entregar aos exageros é a melhor forma de proteger os filhos, capacitando-os para a vida diretamente da forma mais cruel, sem hipocrisia. Outros apelam para a superproteção e acabam sem saber como lidar com os filhos quando as coisas saem do controle.

Existem pais que são bombeiros, policiais, jornalistas, professores e muito mais. Pais podem ser os mais legais do mundo para os amigos e carrascos absolutos na visão dos próprios filhos. Entre tantos exemplos de comportamento, ainda fica a dúvida: o que é ser um bom pai?

Pais são de todos os tipos: anônimos, famosos, festeiros, divertidos, carrancudos, calmos, receosos, jovens, velhos, sozinhos, gays, namoradores, moleques, responsáveis, capazes ou não, endividados ou endinheirados, amantes e amados, alguns até são mulheres, outros são mães. E há até aqueles que a Justiça determina que sejam pais e que não conseguem aceitar tal ideia.

Para alguns sobram adjetivos; para outros faltam definições. O pai é o super-homem, o super-herói presente em todas as horas, que observa, zela, acompanha os filhos descobrindo o mundo – quando bebês, os pais se amontoam sobre o berço, debruçados por horas, testemunhando as descobertas mais simples: cores, ângulos, o próprio corpo... Quem nunca se maravilhou ao ver um bebê descobrindo as mãozinhas, os dedinhos minúsculos se abrindo e fechando, tocando incessantemente as diferentes superfícies? Os pais observam esse descobrir-se da criança por toda a vida, lidando com os próprios limites e indo além. Ser pai é um caminho tortuoso, estranho e, por vezes, não tão grato.

Só os pais, esses homens que tanto se sacrificam em troca de um futuro que nem será deles, um futuro do qual pouco desfrutarão, só eles compreendem a felicidade genuína da vitória de um filho. Os pais, mais do que ninguém, muitas vezes anônimos, formam para o mundo geniais compositores, escritores, construtores, médicos e outros grandes profissionais.

Para o autor desta reportagem, que é filho desde sempre, mas não tem planos de se tornar pai num futuro próximo, resta a certeza de que os pais, essas criaturas indecifráveis, tão variáveis quanto o gênero humano permite que sejamos, são exemplos de perseverança, investem nos sonhos na certeza de que não existem limites – os pais são astronautas, heróis, guerreiros, salvadores... E ainda nos põem para dormir...

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