Colunas
Emergência
Para pensar
"Muitas pessoas acham que não são ouvidas porque são vítimas das circunstâncias, mas a credibilidade só conquistamos ou perdemos de acordo com as nossas atitudes e resultados.”
Flávio Augusto
Para refletir
“No estudo da perfeição, comecemos por vigiar a nós mesmos, corrigindo-nos em tudo aquilo que nos desagrada nos semelhantes.”
Chico Xavier
Emergência
A coluna vem sendo questionada por muitos leitores em relação ao decreto do prefeito Renato Bravo, através do qual Nova Friburgo se encontra em situação de emergência.
A medida tem efeito desde o último dia 4 e é válida pelo período de 180 dias - duração equivalente à de 2011, ano da inesquecível tragédia climática que nos privou do convívio de tantos amigos queridos.
Trauma
Muitos rumores têm começado a circular a esse respeito, em parte porque as redes sociais são uma arma nas mãos de uma criança, em parte porque o governo tratou de dinamitar a própria credibilidade em meio a incontáveis episódios ao longo dos três últimos anos.
Porque, de concreto, ao menos até este momento, não existe nada além da estranheza (em última análise, compreensível) com que muitos receberam esta informação.
Atenção
Parte da ética jornalística consiste em se esperar pelos fatos, sem se antecipar a eles.
Dito isso, é claro que o período de anormalidade demanda atenção especial por parte das forças fiscalizatórias - a imprensa entre elas - a fim de confirmar, constantemente, que as possibilidades ou excepcionalidades não venham a servir a qualquer propósito diferente daqueles que vêm sendo divulgados.
Aliás, no mundo ideal o governo deveria ser o primeiro a incentivar esse tipo de fiscalização, justamente para que não pairem dúvidas sobre a lisura dos procedimentos.
Exemplo
A esse respeito, o vereador Professor Pierre - que foi relator da CPI da tragédia e também da Comissão Processante que a seguiu - lembra que naquela época o estado de emergência terminou por aumentar o BDI (Benefício e Despesas Indiretas), que funciona como uma taxa que se adiciona ao custo de uma obra para cobrir as despesas indiretas do construtor, mais o risco do empreendimento, entre outros fatores.
Evidentemente, também é preciso estar atento a esse tipo de questão ao longo dos próximos meses.
Não acabou
Para alguns artistas que se apresentaram no Festival de Inverno do ano passado, 2019 ainda não acabou.
Até onde a coluna foi capaz de apurar, e salvo alguma atualização de última hora, ainda existem 18 cobranças aguardando pelo pagamento.
Longo inverno
A coluna acredita falar por muitos quando manifesta o entendimento de que a cidade não deveria voltar a realizar outro festival, sem que antes os artistas recebam pelas apresentações que já realizaram.
Além de não fazer sentido celebrar nesse contexto, seria um ato de desrespeito muito grande com quem vive da arte e proporciona os espetáculos.
Injustiça
Algumas situações na vida parecem muito injustas.
Destruir, por exemplo, dá muito menos trabalho do que construir.
Dizem, também, que milhares de árvores crescendo não fazem barulho, ao passo que o corte de apenas uma pode ser ouvido à distância, dando a impressão de que más notícias acontecem com frequência muito maior do que as boas.
Faz sentido.
Quase lá
Talvez algo parecido possa ser dito a respeito das detestáveis motos de escapamento aberto, uma vez que basta uma, nas mãos de um irresponsável, para que o sono de centenas de pessoas seja prejudicado.
Não basta, portanto, que 99% entendam a importância de respeitar o direito dos demais. Mas isso não significa que não haja avanços, como divide conosco a querida Elisabeth Souza Cruz.
Aspas
“Eu continuo acompanhando o comportamento das motos na cidade. Melhorou muito. No último dia 7 na Avenida Roberto Silveira, altura do Jardim Ouro Preto, em 15 minutos de espera por um ônibus contei 49 motos silenciosas, bonitas, discretas, para somente uma irregular. Os nossos ouvidos agradecem. Por uma cidade menos barulhenta, isso sim.”
Exemplo
“Outra coisa bonita por aqui é um supermercado na Avenida dos Ferroviários que oferece música ambiente, suave, um descanso para os nossos ouvidos. É tão agradável que nem dá vontade de deixar o interior da loja. A gente acaba comprando mais, pois, o consumidor tranquilo até se anima a gastar mais. Já pensou se os demais lojistas adotarem música suave em suas lojas? Nova Friburgo ficaria muito mais romântica e em paz.”
De acordo
Certamente seria muito melhor do que a poluição sonora que predomina em tantos espaços de nosso comércio, embora seja compreensível o esforço de quem se dispõe a pagar todos os impostos e ainda precisa disputar os clientes com o enorme contingente de comerciantes informais que cada vez se sente mais à vontade em nossas ruas.
Não está fácil não.
Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
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