Colunas
E agora?
Para pensar:
“O único momento que se aceita que as pessoas de uma equipe usem máscaras é no desfile de escola de samba.”
Giancarlo Ceron
Para refletir:
“Quando o gato faz as pazes com o rato, quem sai perdendo é o dono do armazém.”
Provérbio libanês
E agora?
Os leitores habituais certamente se lembram bem do impasse que se formou em relação à continuidade (ou não) do pagamento de subsídio à tarifa de transporte coletivo em Nova Friburgo, por via que o Ministério Público estadual classificou como ilegal, em consonância com o que a coluna já vinha apontando havia muito tempo.
Cerca de um mês se passou e, após muitas argumentações e alguma hesitação, a coluna pode confirmar que novo depósito foi feito, desta vez com metade dos recursos sendo originários da Secretaria de Mobilidade Urbana e metade a partir de fontes próprias do município.
Hesitação
De fato, a forma como tudo se deu é bastante curiosa.
Uma transferência de R$ 150 mil do Fundo de Mobilidade para o Funcotar - metade do que havia ocorrido em setembro e outubro -, e então a indicação para que o depósito para a empresa de ônibus Faol não fosse feito naquela altura.
Nitidamente havia negociações em curso, e a prefeitura demonstrava não estar confortável com os riscos que assumiria ao concretizar a operação.
Mas, dias depois, o dinheiro encontrou sua outra metade e finalmente seguiu seu curso.
Efeitos
Parece evidente, aqui, que tanto a prefeitura quanto o MPRJ foram apresentados a números e justificativas técnicas por parte da Faol, com efeitos distintos.
Ao MP, se é que a leitura da coluna segue correta, apresentou-se um cenário no qual os fins se justificariam - ou seja, o pagamento do subsídio.
Já à prefeitura, aparentemente sinalizou-se a indisposição para recuar no que foi acordado, a partir dos investimentos feitos e dos compromissos assumidos.
Maquiavel
Evidentemente, o conceito de justiça passa pela garantia de que todos os lados sejam ouvidos, e quando isso ocorre, geralmente a imagem final ganha muitos tons de cinza onde antes havia apenas preto e branco.
Na prática, resta o questionamento: afinal, o entendimento de que o subsídio se justifica - neste valor, ou noutro, a depender do que dizem os números - deve alterar a interpretação a respeito dos meios empregados para o promover?
Em outras palavras, o fim justifica os meios neste caso?
Desconforto
A coluna segue muito desconfortável com o que vem sendo feito pela prefeitura, sobretudo ao levar em conta que só chegamos a esse ponto em consequência de decisões para lá de controversas tomadas já na atual gestão municipal.
A esse respeito, o vereador Professor Pierre tem apontado atropelos à lei federal 4.320/64 em diversos dispositivos, e afirma que o procedimento “nem sequer passou pelo órgão de controle interno da prefeitura, mesmo sendo um processo com custos ao erário”.
Algo mudou?
Mas, se em alguma medida o MPRJ mudou seu entendimento de que a forma do pagamento é ilegal, então parece justo que à população seja dada alguma explicação a esse respeito.
Afinal, o que ocorreu em novembro fere tudo o que havia sido recomendado em outubro, não?
Mensagem perigosa (1)
Falando muito francamente, o colunista, a essa altura, começa a temer pelo futuro de nossa cidade.
Porque a mensagem que vem sendo passada aos pré-candidatos a prefeito em 2020 é de que a liberdade de ação por aqui é gigantesca, e regras basais não necessariamente precisam ser seguidas.
Mensagem perigosa (2)
O improrrogável eventualmente pode ser prorrogado; a inobservância de procedimentos protocolares basta para justificar procedimentos emergenciais; muitos vereadores fecham os olhos se tiverem uma parte da máquina; juntar provas e as entregar à Justiça não é garantia alguma de que algo será feito, e por aí vai.
A impressão que se tem, e não é de hoje, é que por aqui está valendo tudo.
E já tem gente se animando a disputar a prefeitura pelos motivos errados, ou debochando de quem ainda insiste em denunciar o que vê de errado.
Total apoio
Diversas personalidades friburguenses foram convidadas a participar da campanha do laço branco, que nos lembra que “juntos somos fortes contra a violência doméstica”.
Na redes sociais, vários rostos conhecidos por aqui - homens e mulheres - se deixaram fotografar segurando mensagens de apoio e incentivo à quebra do ciclo de violência e ao ato de denunciar, sobretudo através do telefone 180.
A coluna está aberta para ajudar no que puder.
É hoje!
O Legislativo friburguense abre as portas do plenário Jean Bazet hoje, 27, a partir das 18h, para a realização de audiência pública voltada a debater o cenário da educação pública municipal de Nova Friburgo e as suas necessidades.
O encontro foi proposto pelo vereador Zezinho do Caminhão, atendendo a pedido de profissionais da rede municipal.
A participação dos servidores, portanto, é fundamental.
Educação
A Aliança Democrática Municipalista informa que sua próxima reunião será realizada na sede do Nova Friburgo Futebol Clube (ao lado do estacionamento, no Centro), das 14h30 às 17h desta sexta-feira, 29.
O encontro contará com palestra do professor Hamilton Werneck sobre o tema: “A Educação que queremos para Nova Friburgo”.
A reunião é aberta à população, e integra o rol de audiências voltadas a elaborar metas e diretrizes para os próximos vinte anos de nossa cidade.
Medição de velocidade
A Secom e a Smomu gentilmente entraram em contato com a coluna, a respeito do episódio ocorrido no domingo passado, dia 24, em que o painel digital na Avenida Engenheiro Hans Geiser indicou velocidade diferente daquela em que o carro do colunista estava circulando.
A coluna agradece às duas repartições pela atenção.
Aspas
“A Secretaria de Ordem e Mobilidade Urbana esclarece que ocorreu alguma falha na medição e o dispositivo é só para detecção de velocidade educativa, para orientar as pessoas, sem gerar multa.
A equipe da Smomu irá verificar se ocorreu algum problema e, caso for necessário, realizará o reparo no sensor para continuar o funcionamento normal do equipamento.”
Respostas
O desafio fotográfico proposto pelo secretário municipal de Ciência e Tecnologia, Marcelo Verly, gerou menos respostas do que a coluna imaginava.
Rosemarie Künzel, Manoel Pinto de Faria, Gilberto Éboli, Igor dos Santos e Lauro Éboli reconheceram corretamente parte do grande imóvel na Lagoinha que já abrigou a fábrica Filó, e atualmente serve de endereço para o Instituto Politécnico do Rio de Janeiro, precioso campus da Uerj em Nova Friburgo.
Um espaço que definitivamente precisa ser “descoberto” pela sociedade friburguense
Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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