Estação Livre sofre dois atos de vandalismo em menos de uma semana

"O prejuízo é para a população”, diz diretor da empresa de ônibus. Custos com manutenção são repassados para a tarifa
quarta-feira, 20 de novembro de 2019
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
Vasos sanitários tirados de suas instalações (Fotos: Faol)
Vasos sanitários tirados de suas instalações (Fotos: Faol)

 

Mais um caso de vandalismo foi registrado na Estação Livre, a antiga rodoviária urbana, na Praça Getúlio Vargas. Na madrugada desta quarta-feira, 20, bancos de madeira no interior do terminal foram quebrados (foto). No último fim de semana os sanitários também foram alvos dos vândalos, que arrancaram parafusos que prendiam os vasos sanitários ao chão, tubos plásticos e tampas. 

O diretor da empresa de ônibus que opera na Estação Livre, a Faol,  Paulo Valente, lamentou a situação que tem se repetido com frequência. “Só quem tem a perder com essa violência é a população. Eu não sei o que essas pessoas pensam. Eles acham que quebrando o patrimônio estão dando prejuízos à empresa, mas não estão. O prejuízo é para a população. O custo da manutenção, da mão de obra dos pedreiros, dos marceneiros, eletricistas e do material comprado é repassado para a tarifa, faz parte do custo da empresa”, disse Valente explicando que a manutenção da Estação Livre é responsabilidade da Faol por força de um termo de comodato com a prefeitura. “Nós da Faol não temos como tomar conta 24 horas por dia da antiga rodoviária. Fazemos o que a gente pode”, completou.

 

Valente também afirmou que os serviços de manutenção são constantes. Nos ônibus praticamente todo dia registramos um ato de vandalismo. Segundo ele é consertar em um dia e quebrarem no outro. “A gente termina de consertar um ônibus e o mesmo veículo é depredado de novo em mais ou menos dois dias. Eu não entendo por quê quebrar os ônibus e os banheiros da Estação Livre que são tão importantes e úteis para a população. Eu mesmo já precisei utilizar aquele sanitário. É revoltante constatar esses vandalismos todas as semanas”, reclamou.

Em setembro A VOZ DA SERRA denunciou atos de vandalismo no transporte público. Há dois meses, o jornal mostrou que os bancos de alguns ônibus haviam sido rasgados, pichados e tiveram as placas de “proibido fumar” roubadas, parafusos soltos e entradas USB com defeito ou arrancadas. Esses problemas, de acordo com a direção da empresa, são provocados por usuários sem o menor compromisso com o senso de coletividade. “Durante três meses tentamos manter as entradas USB funcionando, mas era consertar e logo depois vinha um e quebrava outra vez. Quando não arrancam, colocam palitos ou chicletes. Por isso, desistimos de consertar. Inclusive, os ônibus novos já vêm de fábrica sem essas entradas. Um aparato que era para ser benefício para a população agora foi suprimido por conta de poucas pessoas que não pensam coletivamente”, lamentou  Paulo Valente.

 

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