“Para eles é como futebol”, diz Paulo Rodrigues, coordenador da Preparação Especial para Competições Internacionais (Peci), referindo-se ao entusiasmo dos 37 jovens de todo o país que nesta semana participam de uma intensiva bateria de treinamento de matemática no Hotel Bucsky. Eles foram selecionados entre os mais de 300 medalhistas de ouro da última Olímpiada Brasileira de Matemática de Escolas Públicas (Obmep).
Os jovens estudantes não têm muito tempo para conhecer a Região Serrana, onde confortavelmente estão instalados junto a professores e monitores. Isto porque estes crânios da matemática passam o dia envolvidos em aulas e oficinas de geometria e álgebra, entre outras séries de atividades. E tudo isso, assim, com o entusiasmo de quem vai bater uma bolinha.
O objetivo do programa é detectar jovens talentos para a matemática, que estão distribuídos aleatoriamente em todo o país, independente de cor e classe social. A Olimpíada de Matemática existe desde 1979, e desde então envolvia também as escolas particulares. Os organizadores perceberam, porém, que no final, quase não havia alunos de escolas públicas, até porque a defasagem no ensino ia se tornando cada vez maior.
A Obmep é uma iniciativa do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Iimpa) e da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), que conta com apoio do governo federal e já foi incluído no calendário do MEC. A olimpíada busca ainda incentivar o ensino de matemática e descobrir talentos entre es escolas públicas do 6º ano do ensino fundamental (antiga 5ª série) ao ensino médio. O Peci, que no último domingo, 12, e segue até sábado, 18, tem o propósito de preparar os estudantes para a Olímpiada Mundial de Matemática do ano que vem, ainda mais porque os participantes ainda são muito jovens – entre 13 e 15 anos de idade.
Esses encontros, que são mensais e costumam ter o Hotel Bucsky constantemente como cenário (o último foi durante o feriado de Corpus Christ), prolongam-se até o lar, com trabalhos constantemente feitos e apresentados por internet, num fórum particular para os alunos. Além da amizade e dos contatos entre eles, os jovens ainda podem aproveitar a noite, participando de diversas atividades feitas exclusivamente para eles, que como se viu enquanto se reuniam para as fotos, ainda são crianças, apesar de serem um bocado mais metódicas do que as outras.
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