Na edição do último fim de semana a coluna Massimo publicou uma foto enviada por um leitor que identificou algumas pessoas aparentemente em situação de rua deitadas em bancos da Praça Getúlio Vargas, próximo ao coreto. Na publicação, o colunista destaca que o “quadro é evidentemente complexo e delicado, porque as imagens se somam a diversos relatos de pessoas que testemunharam recentemente a compra e venda de drogas no mesmo espaço, em plena luz do dia”.
Já nesta segunda-feira, 11, por volta das 10h, A VOZ DA SERRA flagrou situação semelhante na escadaria lateral do prédio do antigo fórum, na Rua Ernesto Brasílio. Pelo menos duas pessoas estavam deitadas no local sob cobertores, rodeadas por papelões e pedaços de isopor, além de garrafas de bebidas alcóolicas e embalagens de alimentos.
A situação, infelizmente, não é novidade, inclusive para a prefeitura, que frequentemente realiza a limpeza do local com o auxílio de caminhões-pipa. A Secretaria Municipal de Assistência Social também promove ações de rotina para o cadastramento e acompanhamento das pessoas em situação de rua. No entanto, o trabalho das equipes é de convencimento, portanto, é preciso que a pessoa aceite a ajuda para que, então, seja acolhida.
Ponto de apoio
Inicialmente anunciado pela prefeitura apenas para o período mais rigoroso do inverno, quando o frio é mais intenso, o ponto de apoio para as pessoas em situação de rua montado no bairro Duas Pedras continua funcionando, devido à grande procura. De acordo com a Secretaria de Assistência Social, o espaço tem capacidade para atender até 12 pessoas por noite. O local fica fechado durante o dia e é reaberto à noite. Nele, as pessoas em situação de rua podem se alimentar, tomar banho e dormir.
De acordo com um morador de rua que está dormindo no ponto de apoio e preferiu não se identificar, ele veio de Teresópolis e está na cidade há cerca de dois meses em busca de emprego como soldador. Conta que uma equipe da Secretaria de Assistência Social o cadastrou e até o auxiliou na elaboração de um currículo. O homem, de 36 anos, elogiou a manutenção do ponto de apoio mesmo após o inverno e destacou a oportunidade de se alimentar e dormir sob um teto, com colchão e cobertor.
O que diz a prefeitura
A Secretaria Municipal de Assistência Social se manifestou através de nota informando que “a maioria dos moradores em situação de rua é formada por munícipes que possuem endereço fixo e não querem voltar para casa. Diariamente uma equipe de abordagem social do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) faz uma inspeção em todos os lugares onde se tem conhecimento da presença de pessoas em situação de rua. Ao serem abordadas, essas pessoas são cadastradas e encaminhadas para entrada em documentação pessoal e higienização - banho e troca de roupas. A equipe do Creas também busca a família da pessoa, além de encaminhá-la para os serviços de saúde necessários ou tratamento junto ao Caps-AD”.
Como ajudar
Pessoas ou empresas interessadas em ajudar com doações devem ir até o Creas, que fica na Rua Carlos Magno, 5 - próximo ao Hospital Raul Sertã. há maior necessidade de roupas masculinas, cobertores e toalhas de banho.
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