Após A VOZ DA SERRA anunciar em primeira mão que Nova Friburgo irá ganhar um novo posto de Gás Natural Veicular (GNV) até fevereiro do ano que vem, vizinhos do empreendimento - localizado na Avenida Comte Bittencourt, esquina com a Rua Fernando Bizzotto - e a Associação Comercial Agrícola e Industrial de Nova Friburgo (Acianf) se manifestaram com preocupação quanto aos riscos e ao impacto que o novo posto pode causar no trânsito do Centro.
A redação de A VOZ DA SERRA foi novamente procurada nesta quarta-feira, 30, desta vez por Jerônimo Carestiato, empresário responsável pelo Posto CRTT, que fez questão de esclarecer os questionamentos feitos pelos vizinhos e pela Acianf na reportagem anterior, publicada na edição do último fim de semana.
Para isso, Jerônimo apresentou todas as licenças, estudos e pareceres técnicos obtidos pela empresa até o momento, entre eles o de impacto no trânsito, deferido pela Secretaria Municipal de Ordem e Mobilidade Urbana (Smomu) em janeiro deste ano, e o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), elaborado por uma empresa especializada.
“A segurança é um dos pilares para a instalação e comercialização do GNV. Há que se seguir normas e regulamentos da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Agência Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Inmetro, Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), Prefeitura, Corpo de Bombeiros, Proteção ao Meio Ambiente e distribuidora de gás Naturgy (antiga CEG). Além disso, possuímos a Licença de Operação, cumprimos com todas as legislações vigentes e também já obtivemos a Licença de Instalação de GNV”, destacou o empresário Jerônimo Carestiato.
Os possíveis impactos no trânsito
Para rebater as alegações de que o novo posto GNV geraria impactos no trânsito da Avenida Comte Bittencourt, Jerônimo Carestiato apresentou com exclusividade à reportagem de A VOZ DA SERRA o Estudo de Impacto de Vizinhança contratado pelo posto junto à empresa Master Ambiental, especializada nesse tipo de levantamento.
No documento, que conta com dezenas de páginas, é levado em consideração o número de veículos emplacados em Nova Friburgo que contam com o sistema GNV. De acordo com dados do Detran-RJ, em 2018, dos 125.701 veículos emplacados no município, apenas 4.580 contavam com o equipamento. Ou seja, não há uma demanda tão grande pelo serviço atualmente na cidade a ponto de impactar no trânsito da região.
Além disso, o posto estima que cerca de 1.800 veículos deixarão de passar mensalmente pelo estabelecimento, já que o serviço de lava-jato foi desativado e não está mais sendo comercializado diesel no local. O estudo também destaca que como o gás chega encanado, não haverá impacto nenhum de carga e descarga. No entanto, por outro lado, o posto espera realizar cerca de nove mil abastecimentos de GNV por mês, o que dá uma média de 300 abastecimentos por dia. Ou seja, o movimento de veículos deve aumentar cerca de 27% ao mês.
No entanto, de acordo com o projeto, duas bombas abastecerão quatro carros ao mesmo tempo - com a estimativa de que cada abastecimento dure pouco menos que três minutos e meio - e o posto tem capacidade para abrigar até 18 carros simultaneamente em seu pátio interno, sem prejudicar o tráfego na Rua Fernando Bizzotto ou Avenida Comte Bittencourt. O estabelecimento também funcionará 24 horas por dia e, segundo Jerônimo, a empresa estuda oferecer preços diferenciados entre 22h e 6h, de modo a distribuir o movimento de motoristas que irão abastecer no posto, contribuindo para desafogar o trânsito no trecho.
Na conclusão do estudo apresentado pela empresa, o posto teria capacidade para atender até quatro vezes a demanda prevista, possibilitando assim, manter de forma normal, sem impactos no trânsito, suas atividades em situações atípicas que possam surgir.
“O respeito ao consumidor e a população é uma das diretrizes da nossa empresa. O compromisso socioambiental do posto atende todas as certificações e regulamentações necessárias, criando novos empregos diretos e indiretos e trazendo para a cidade uma opção segura, constante e limpa de fornecimento e abastecimento de GNV”, declarou Jerônimo.
Empresário garante a segurança do empreendimento
Quanto ao questionamento sobre a segurança do empreendimento, Jerônimo reitera que o gás chegará encanado ao posto, da mesma forma que chega às residências. Ou seja, não haverá um estoque de gás no local. “No espaço onde vai ficar o compressor, que é o equipamento que pressuriza o GNV, todas as paredes são feitas com blocos de concreto revestidos de areia, de modo que em caso de qualquer acidente, a estrutura possa conter algum tipo de impacto. E ainda tem a parte acústica, que é outro benefício dessa construção, já que ela vai gerar o mínimo de ruído possível”, disse o empresário, que completou: “Nunca ouvimos falar de um posto GNV que tenha explodido ou pegado fogo, por exemplo. O que já foi noticiado foram carros com instalações clandestinas ou irregulares de gás que explodiram dentro de postos na hora de abastecer ou até após acidentes de trânsito”, finalizou Jerônimo.
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