Antiga demanda dos usuários, Nova Friburgo deverá ganhar em breve um segundo posto de Gás Natural Veicular (GNV). O estabelecimento vai funcionar onde já existe um posto de combustíveis, na Avenida Comte Bittencourt, na esquina com a Rua Fernando Bizzotto, no Centro. As obras de adaptação já foram iniciadas e a instalação dos equipamentos deve ser feita entre dezembro e janeiro de 2020. A expectativa é de que a partir de fevereiro o novo posto de GNV já esteja em funcionamento. O município hoje possui apenas um posto com fornecimento de GNV, no bairro Duas Pedras.
A VOZ DA SERRA ouviu com exclusividade o proprietário do futuro posto de GNV, Jerônimo Carestiato, que explicou detalhes do projeto e da obtenção das licenças necessárias para a concretização do novo empreendimento. Segundo ele, há dez anos a empresa já havia feito a solicitação aos órgãos responsáveis.
“Primeiramente obtivemos a licença ambiental. Posteriormente, a Prefeitura de Nova Friburgo nos solicitou um estudo de impacto de vizinhança para apurar de que maneira o empreendimento iria afetar a rotina da região, como os prédios do entorno e o trânsito, por exemplo. Também obtivemos a aprovação do projeto junto ao Corpo de Bombeiros. Após aprovado o estudo de impacto exigido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, nos foi concedida a licença de instalação e, em paralelo, a licença de obras”, esclareceu Jerônimo.
Ele conta que o novo posto de GNV irá trabalhar com um sistema diferente do já utilizado no outro posto que fornece esse tipo de combustível, que é abastecido por carretas carregadas de GNV. No Centro, como existe uma rede de gás encanado na Avenida Comte Bittencourt, a empresa precisou fazer apenas uma pequena obra para levar esse gás para o interior do posto. Jerônimo também garante que motoristas e moradores do entorno podem ficar tranquilos quanto à segurança do empreendimento.
“O posto de GNV vai receber gás encanado, o mesmo gás que vai para as residências, e por esse motivo não existe um estoque de gás no posto, diferentemente do que acontece com os postos que recebem gás em carreta e dos postos que trabalham com combustível líquido. Só para se ter uma ideia, temos 75 mil litros de combustível em tanques subterrâneos. Então, nesse sentido, nunca ouvimos falar de um posto GNV que tenha explodido ou pegado fogo, por exemplo. O que já foi noticiado foram carros com instalações clandestinas ou irregulares de gás que explodiram dentro de postos na hora de abastecer ou até após acidentes de trânsito”, disse Jerônimo.
Ele completa: “O espaço onde vai ficar o compressor, que é o equipamento que pressuriza o GNV, todas as paredes são feitas com blocos de concreto revestidos de areia, de modo que em caso de qualquer acidente, a estrutura possa conter algum tipo de impacto. E ainda tem a parte acústica, que é outro benefício dessa construção, já que ela vai gerar o mínimo de ruído possível”, explicou o empresário.
O novo posto GNV irá criar seis novos empregos diretos, fora os gerados indiretamente com as obras, instalação e manutenção periódica dos equipamentos. A concorrência também pode baratear o produto no município. Hoje, o metro cúbico do GNV está custando R$ 3,94 em Nova Friburgo, enquanto na capital esse valor gira em torno dos R$ 3. A expectativa é de que o preço caia para entre R$ 3,10 e R$ 3,20.
Assunto foi tema de debate do Commam
O Conselho Municipal do Meio Ambiente de Nova Friburgo (Commam) se reuniu na última terça-feira, 22, para discutir assuntos relacionados aos recorrentes incêndios florestais na cidade e sobre a instalação de um novo posto de GNV no centro de Nova Friburgo. O presidente do Commam e subsecretário de Planejamento Urbano da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Alexandre Sanglard, comentou sobre a instalação do posto GNV: “O que nos deixa tranquilos, é que como há vários órgãos envolvidos nesse licenciamento, esse processo está sendo levado com muito critério e compromisso com a cidade. Se todos os trâmites legais forem seguidos à risca, temos garantias de que esse empreendimento irá funcionar muito bem. Mas estamos atentos, afinal de contas trata-se de um investimento no centro da cidade. Uma orientação do Ministério do Meio Ambiente é não dizer não, mas dizer como tem que ser feito. E vamos continuar trabalhando nesse sentido”, afirmou Sanglard.
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