Colunas
violencia direcionada
Para pensar:
“A gula mata mais do que a espada.”
George Herbert
Para refletir:
“O perdão é a fragrância que a violeta emite no calcanhar de quem nela pisa.”
Mark Twain
Violência
A coluna vinha aguardando um dia mais tranquilo para comentar os dois casos recentes de violência direcionados a motoristas do transporte coletivo aqui em nossa cidade, mas infelizmente esse dia está teimando em não chegar.
A cada nova manhã, ao longo dos últimos dias, fomos bombardeados com notícias a respeito de atos agressivos - e por vezes mais que isso - cometidos deliberadamente em nossas vizinhanças.
Foi uma semana muito, muito pesada.
Dia triste
Na manhã desta sexta-feira, 11, pouco antes de sermos informados a respeito do lamentável falecimento da artista plástica e estilista Alessandra Vaz, que desde a noite da última segunda-feira, 7, lutava pela vida após ter mais de 80% do corpo queimado num atentado promovido por seu ex-companheiro, ficamos sabendo que um Fiesta preto havia sido alvejado na Avenida Rui Barbosa, nas proximidades do Hospital Raul Sertã e do Ministério Público estadual.
Diversas pessoas viram um ocupante correr, baleado, até o hospital.
Todos ligados
A área em torno do carro, que teve quatro perfurações, foi interditada para o trabalho pericial. Por isso, o trânsito na avenida ficou em meia pista até por volta das 10h, o que provocou retenções até Conselheiro Paulino e afetou a mobilidade de grande parte da cidade.
Em especial na região norte, já sobrecarregada pelo fluxo de veículos em direção ao Rio de Janeiro, dado o bloqueio da RJ-116 pelo grande escorregamento de terra na altura de Boca do Mato ocorrido na última quinta-feira, 10.
Crime e castigo
O episódio desta sexta, por sua vez, guarda semelhanças com outro ocorrido há uma semana, quando um homem de 50 anos e uma mulher de 63 foram mortos a tiros dentro de um carro no bairro Granja Spinelli.
Mais do que nunca, espera-se que as câmeras do Cidade Inteligente, e tantas outras em funcionamento ao longo de nosso perímetro urbano, possam ajudar a identificar os responsáveis.
A impunidade, sobretudo em casos como estes, pode ter efeitos irrecuperáveis.
Orelhões
A coluna já havia chamado atenção para o fato anteriormente, mas até então não havia recebido retorno a respeito.
Como os leitores sabem bem, os telefones públicos - que nós, nascidos no milênio passado, carinhosamente chamávamos de orelhões - tornaram-se paulatinamente obsoletos a partir da proliferação da telefonia móvel, e recentemente começaram a ser removidos do espaço urbano.
Era inevitável.
Peças de museu?
Ocorre, no entanto, que ainda tem gente que faz uso (ou sente falta) desses aparelhos, mesmo que apenas em situações emergenciais.
Há quem não tenha se adaptado ou interessado pelos celulares, há quem os rejeite voluntariamente (algo que o colunista compreende perfeitamente), e, além disso, ninguém está livre de ficar sem bateria ou sem sinal.
Enfim, existem situações nas quais os bons e velhos orelhões ainda quebram um galho importante.
Aspas
É o que nos lembra a leitora Maria Helena Miranda.
“É compreensível que sejam recolhidos muitos orelhões, a partir do momento em que a demanda por eles encolheu muito nas últimas décadas. A paisagem fica menos poluída, e a circulação de pessoas fica mais fácil. No entanto, é importante que alguns aparelhos sejam mantidos em locais estratégicos, de maior movimento, pois em situações de emergência eles podem ser muito úteis. Ainda faço uso dos orelhões, e tenho enfrentado dificuldades com a retirada quase absoluta deles.”
Descaso
A imagem que ilustra a coluna de hoje foi enviada pelo geógrafo Pedro de Paulo, e clicada por ele mesmo em meio à sua rotina voluntária de promoção da coleta responsável.
Enquanto dois patinhos (se houver alguma classificação mais apropriada para os animais, perdoem a ignorância do colunista) passeiam pelo Rio Santo Antônio, a carcaça de um aparelho de televisão polui a imagem e o ambiente.
Aspas (2)
“Observei e removi essa carcaça de um grande tubo de TV no Rio Santo Antônio, que se encontrava perfeitamente encaixada numa junção do encanamento do esgoto. Provavelmente tal carcaça se originou nas proximidades do viaduto, onde catadores habitualmente remexem lixo eletrônico e descartam carcaças no rio.”
A coluna agradece ao bom amigo Pedro pelo trabalho que faz, lembrando à sociedade que sua consultoria está aí, disponível, para qualquer empresa ou escola que queira reforçar seu enfoque ecológico e sustentável.
Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
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