Após retornar de um período de cerca de duas semanas de férias, o prefeito Renato Bravo reassumiu a cadeira número 1 do Palácio Barão de Nova Friburgo nesta quarta-feira, 17, e tomou sua primeira decisão: o vice-prefeito Marcelo Braune continuará à frente da Secretaria Municipal de Saúde, pelo menos até a próxima segunda-feira, 22. A expectativa é que o nome do novo secretário seja anunciado já nos próximos dias.
Segundo nota enviada à redação de A VOZ DA SERRA pela Subsecretaria de Comunicação Social (Secom), a decisão, inclusive, já foi comunicada aos ministérios público do Trabalho, estadual e Federal. Marcelo Braune esteve reunido com o prefeito durante boa parte desta quarta-feira e apresentou um relatório detalhado sobre a situação da saúde pública de Nova Friburgo no período em que Renato Bravo esteve fora da cidade.
Marcelo Braune criou uma comissão especial para auxiliá-lo no comando da pasta. O grupo é composto pelo secretário Governo, Gilberto Salarini, o secretário da Casa Civil, Walter Thuller, a controladora-geral do município, Elizabeth Righetti Morais e o procurador-geral do município, Ulisses Gama.
Uma das primeiras medidas do vice-prefeito à frente da Secretaria de Saúde foi recompor, interinamente, a direção-médica do Hospital Municipal Raul Sertã, que estava desde o último dia 26 de junho sem responsável técnico, e também a direção-médica e técnica do Hospital Maternidade Dr. Mário Dutra de Castro, a qual também se encontrava vaga.
Braune é o sétimo a comandar a Saúde
Desde o início de sua gestão, Renato Bravo já mudou seis vezes o comando da Secretaria Municipal de Saúde. Passaram pela pasta Rodrigo Romito, Michele Silvares, Suzane Menezes, Christiano Huguenin, Tânia Trilha, Emmanuele Marques e, agora, o vice-prefeito Marcelo Braune.
Emmanuele Marques, que havia ficado cerca de um ano e meio à frente da Secretaria Municipal de Assistência Social, pediu para sair um dia antes de o prefeito sair de férias, alegando interferência política em sua gestão.
A crise na saúde friburguense
As mudanças na pasta ocorreram em meio a uma crise sem precedentes na Secretaria Municipal de Saúde, alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Vereadores, além de investigações do Ministério Público Federal (MPF) e ações ajuizadas pelo Ministério Público do estado (MPRJ).
Recentemente, a Justiça também interditou a cozinha, a despensa e a lavanderia do Hospital Maternidade até que sejam realizadas obras de conservação nos locais. Também por ordem judicial, a prefeitura tem prazo, até setembro, para apresentar um plano de obras no Hospital Municipal Raul Sertã, sob pena de multa diária.
Deixe o seu comentário