A chegada do inverno marca também o início do período do ano em que o clima é mais seco e, consequentemente, aumenta a incidência de queimadas. É assim em todo o Brasil e não seria diferente em Nova Friburgo, cidade cercada por muitas matas. A vegetação seca, a baixa umidade relativa do ar e as ações inconsequentes do ser humano são os combustíveis ideais para o alastramento do fogo.
Somente no último fim de semana, o 6º Grupamento de Bombeiro Militar (GBM) de Nova Friburgo registrou 19 focos de incêndio florestal na área de cobertura da unidade, a maioria deles em Nova Friburgo, além de Bom Jardim e Barra Alegre.
Entre a noite de sexta-feira, 12, e a manhã desta segunda-feira, 15, as equipes do 6º GBM combateram focos de fogo em vegetação no distrito de Conselheiro Paulino e nos bairros Catarcione, Vila Amélia, Olaria, Cascatinha, Córrego Dantas e Chácara do Paraíso, este último um dos que deu mais trabalho aos bombeiros, já que possuía mais de cinco focos distintos.
De acordo com o Comandante do 6º GBM, tente-coronel Bombeiro Thiago Nunes Alecrim, somados, esses focos de incêndio em vegetação consumiram uma área estimada entre 300 e 350 mil metros quadrados, o equivalente a quase 50 campos de futebol, sem nenhum registro de feridos. No entanto, o Comandante reforça que a fumaça muitas vezes contribui para o agravamento de quadros clínicos já existentes (asma, bronquite, processos alérgicos, etc.), envolvendo pessoas que procuram as unidades de saúde de forma direto, sem o intermédio dos bombeiros.
O comandante ainda destaca que a vegetação seca e a baixa umidade relativa do ar são fatores de risco para incêndio em vegetação, mas o fator preponderante é a ação humana, que muitas vezes utiliza o fogo como ferramenta para ampliar áreas de plantio e limpeza de terrenos, por exemplo. Atos que podem desencadear um grande incêndio em vegetação, prejudicando o meio ambiente, além de colocar a vida de outras pessoas em risco.
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