As obras de construção da ciclovia que vai ligar o trevo de Duas Pedras ao Paissandu, em Nova Friburgo, foram iniciadas esta semana. O serviço é realizado pela Fender Engenharia Ltda, construtora de Rio das Ostras, na Região dos Lagos, que venceu a licitação para realizar as intervenções necessárias na calçada que margeia o Rio Bengalas, sentido Centro. As obras vão custar R$ 999 mil aos cofres do município.
Nesta quinta-feira, 11, funcionários da empresa faziam medições e trabalhavam no nivelamento da calçada no trecho entre a ponte próxima à Fábrica Haga. Na altura do 11º BPM e do Hospital Municipal Raul Sertã havia sinalizações e faixas de isolamento na calçada. A obra deve ser concluída, segundo a prefeitura, em três meses.
De acordo com o projeto, a construtora vai fazer obras de adequação na calçada que margeia o Rio Bengalas do trevo de Duas Pedras até a ponte próxima ao Clube de Xadrez, no Suspiro. No trecho desta ponte até a academia ao ar livre, em frente à Igreja Luterana, no Paissandu, na calçada da Avenida Galdino do Valle Filho, deve ser feita somente a sinalização, pois já existe uma ciclofaixa na calçada.
Essa é a primeira fase do projeto de implantação de uma ciclovia em Nova Friburgo. A segunda etapa consiste na sinalização da calçada que margeia o Bengalas, do trevo de Duas Pedras ao distrito de Conselheiro Paulino, onde a obra de canalização do rio, feita pelo governo do estado, teria deixado, segundo o município, uma área destinada à ciclovia.
Pacotão de obras
A ciclovia faz parte do “pacotão de obras” anunciado pelo prefeito Renato Bravo em fevereiro com recursos da venda das ações que inicialmente seriam utilizados na compra do prédio da fábrica Ypu. São quase R$ 26 milhões a serem aplicados em obras diversas, como remodelação do pátio e a construção de uma cobertura na área externa da Estação Livre (antiga rodoviária urbana), cuja obra também começou essa semana.
Segundo o projeto, o pátio externo, onde param os ônibus municipais, será remodelado de modo que somente três coletivos, por vez, façam o desembarque de passageiros no local. As mesmas laterais externas também serão cobertas por uma estrutura a ser construída. Será instalado piso tátil para deficientes visuais. Os canteiros também serão revitalizados. O serviço vai custar R$ 1.032.184,16.
As outras obras do pacotão são a expansão de um prédio anexo ao Hospital Municipal Raul Sertã e a ampliação da Praça do Suspiro, no Centro. No Raul Sertã, as obras também já começaram. O serviço é realizado pela construtora friburguense Frienge no valor R$ 4 milhões. A nova ala abrigará, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 30 leitos de terapia intensiva (CTI) e clínicas médicas. A obra estava paralisada há cerca de seis anos, devido à crise no estado e ao abandono da obra pela a empresa vencedora da licitação.
Já a ampliação da Praça do Suspiro, a obra mais cara do “pacotão”, vai custar R$ 5,8 milhões, mas ainda não saiu do papel. A prefeitura está trabalhando na documentação necessária para concluir a desapropriação do terreno de 2.197,85 metros quadrados, localizado na esquina da Rua General Osório com a Praça do Suspiro.
Em abril, conforme reportagem de A VOZ DA SERRA, a prefeitura publicou no Diário Oficial, o decreto que estabeleceu o espaço como “de utilidade pública” para que nele sejam instalados equipamentos urbanos. A compra estava em fase de levantamento da documentação, sendo necessária apenas a apresentação de mais alguns documentos por parte do proprietário antes de ser assinada a escritura. O projeto de expansão da Praça do Suspiro encontra-se em fase de estudo e será executado por etapas.
Outras obras a serem licitadas
Fazia parte do pacotão de obras a construção de uma praça no pátio da Secretaria Municipal de Ordem e Mobilidade Urbana (Smomu), no bairro Olaria. A obra estava até licitada, mas a prefeitura desistiu do projeto devido a queixa de moradores. Agora, deve ser construído no espaço um mercadão popular para os feirantes da tradicional Feira Livre de Olaria, que funciona às quinta-feiras e aos domingos.
A prefeitura também deve aplicar R$ 4 milhões dos R$ 26 milhões do pacotão nas obras de revitalização da Praça Getúlio Vargas, conforme determina acordo firmado com o Ministério Público Federal (MPF). O espaço, tombado como patrimônio histórico, teve suas características originais alteradas em 2015, depois que o governo fez uma operação desastrada de poda e cortes de eucaliptos.
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