Colunas
Próximos capítulos
Para pensar:
“Quando o ser humano está com a razão, Deus é seu advogado.”
Silvio Santos
Para refletir:
“O que há de mais essencial em nós é nossa energia vital, tanto é assim que, quando ela acaba, é porque a vida acabou também. Tal como uma estrela, que brilha enquanto tem energia. Você também é assim, uma estrela. Não vira estrela depois que morre, é estrela agora, em vida.”
Clóvis de Barros Filho
Próximos capítulos
A Câmara Municipal aprovou na terça-feira, 25, o pedido de licença submetido pelo prefeito Renato Bravo para que possa usufruir de prazo superior a 15 dias das férias a que tem direito.
A coluna entende que ao longo deste período devem ser muitos os anúncios de mudanças nos quadros do governo, em especial nos de 2º escalão no âmbito da Secretaria de Saúde.
Parece clara, a essa altura, a tendência de que alguns cargos estratégicos sejam confiados a membros do grupo político que gira em torno do PSL em Nova Friburgo.
Critérios
Por definição, sem entrar nos méritos das pessoas envolvidas, o colunista não vê com bons olhos este tipo de articulação, por entender que critérios políticos não devem jamais se sobrepor a critérios técnicos, por mais antiquado que possa parecer tal postulado.
É fato que o colunista tem motivos para confiar em alguns dos nomes (não todos) que têm sido ventilados, mas ainda assim resta a sensação de que a cúpula do governo continua a se pautar por outros interesses, em absoluta desconexão com o impacto que suas opções exercem sobre a vida de quem sofre e depende do suporte público.
Os meios
Não se trata, em absoluto, de torcer contra ou se negar um voto de confiança a quem quer que chegue, mas de se questionar as implicações dos meios que há muito vêm sendo utilizados, sobretudo quando nos deparamos quase que diariamente com relatos que ferem a dignidade de pessoas que dão muito duro para pagar seus impostos e ajudar a sustentar a mesma máquina que tantas vezes lhes nega a contrapartida prometida e merecida.
Podemos dar exemplos.
Exemplo
Nesta edição A VOZ DA SERRA destaca em reportagem na página 3 que o MPRJ, através da Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude de Nova Friburgo, obteve decisão favorável à ação civil pública ajuizada para que o município de Nova Friburgo interdite a cozinha, a despensa e a lavanderia do Hospital Maternidade Dr. Mário Dutra de Castro, até que sejam realizadas obras de conservação nesses setores.
De acordo com a decisão, a falta de higiene, organização e estruturação dos locais viola as normas estabelecidas pela Anvisa, indicando risco à saúde e à vida dos bebês recém-nascidos e das gestantes atendidos na unidade hospitalar.
Na prática...
Pois bem, diante da informação, o vereador Wellington Moreira, presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, foi à Maternidade e fez diversas gravações em vídeo que não apenas dão dolorosa materialidade às descrições acima, como também mostraram que a cozinha continuava operando, apesar da determinação judicial e da presença de uma barata na parede, ou do piso quebrado em local onde minava água...
A precariedade da despensa também ficou bem registrada, bem como o estado a que chegou a lavanderia.
Caso do dia
Um pouco mais tarde a prefeitura confirmou que as alas foram finalmente interditadas, mas perceba o leitor que estamos falando de apenas um caso, o “caso do dia”, um entre muitos exemplos que poderiam estar sendo dados.
Neste momento, por exemplo, a coluna e a Comissão de Saúde unem esforços para apurar seríssimas denúncias relacionadas a outra instituição municipal, que provavelmente serão assunto de notas futuras por aqui.
É uma atrás da outra…
O posto da Estratégia de Saúde da Família, de Stucky, também teve seu funcionamento parcialmente comprometido com a paralisação de alguns serviços após inspeção da Vigilância Sanitária municipal.
Desabafo
Nesse contexto de denúncias quase que diárias, que muitas vezes não encontram eco célere no Judiciário, muita gente chega a pensar que tem gente exagerando, que a situação não está assim tão ruim.
Olha, antes fosse.
Cruz
Porque não existe ânimo que suporte ouvir relatos desesperados dia após dia, tanto mais quando é tão fácil observar a origem (e a continuidade) do problema, a relação entre o que poucos plantam e tantos outros colhem.
É muito frustrante ouvir tanta coisa, testemunhar tanta coisa, saber que os trâmites já foram cumpridos e que algumas situações já foram devidamente comprovadas, e ainda assim a dor alheia continua sendo capitalizada ou, na melhor das hipóteses, desrespeitada.
Linchamento virtual
Em meio a tanto desalento, é fácil cometer excessos.
Começou a circular em redes sociais nesta semana uma “carta aberta”, atribuída a “moradores do distrito de Conselheiro Paulino, cidadãos de bens (SIC)”, direcionada ao prefeito e à secretária de Saúde, solicitando a “exoneração imediata” de um servidor lotado em posto de saúde.
Injustificável
A mensagem traz denúncias muito sérias e faz referência a tentativas anteriores de comunicar as situações através de reclamações que teriam sido protocoladas, alegadamente sem efeito.
Mas cruza uma linha intransponível ao citar o nome do servidor, o expondo a uma espécie de linchamento virtual que já traz muitas consequências em si mesmo, ignorando que situações como esta precisam ser denunciadas a órgãos competentes, e investigadas com discrição, sob pena de se cometer injustiças irreversíveis e abrir precedentes inaceitáveis.
Sem apuração
Ao citar os supostos “padrinhos políticos” do servidor em questão, por exemplo, a mensagem se equivoca e troca o partido de um deles.
E esta é uma informação, vejam bem, que poderia ter sido confirmada numa rápida consulta à internet...
É claro que situações como as que são descritas precisam ser investigadas, mas para isso existem instituições que precisam ser provocadas.
Não se pode ignorar o pacto social desta maneira.
Barbárie
Fazer uso de redes sociais para este fim não deixa de ser uma forma de buscar justiça com as próprias mãos, eximindo-se de responsabilidades tais como se identificar e se comprometer com aquilo que é dito.
Não está certo agir desta forma, como também não está certo compartilhar e passar adiante informação cuja veracidade se desconhece, tanto mais quando existe uma reputação envolvida.
Os tempos são difíceis sim, mas recorrer à barbárie já é perder.
Respostas
Os amigos Stênio de Oliveira Soares, Walter Neto, Marcelo Machado, Antônio Lopes, Rosemarie Künzel, Gilberto Éboli, Hailton Éboli, Manoel Faria, Alberto Faria e José Nilson reconheceram na bela foto assinada por Regina Lo Bianco o inconfundível chalé do Nova Friburgo Country Clube.
Parabéns a todos.
A propósito...
José Nilson, por sinal, não se limitou a enviar a resposta.
“A respeito da reportagem sobre o barulho provocado à noite por carros tunados e motos cada vez mais barulhentas, com canos abertos, cabe observar que isso configura a alteração da características dos veículos, com infração prevista no código de trânsito. Eles passam de dia, de noite e de madrugada nas avenidas e em frente aos hospitais como se fosse o quintal das suas casas, não respeitando quem está em repouso hospitalar ou repouso doméstico. É um verdadeiro inferno.”
Segue
“Na última segunda-feira, 24, dia de São João, um motoqueiro parou em frente ao Centro de Turismo mais ou menos às 19h30 para conversar com amigos que estavam na calçada. Na porta da Matriz havia um veículo da mobilidade urbana parado para dar apoio à procissão. Quando o motoqueiro terminou o papo com seus amigos arrancou a moto com cano aberto e empinado só na roda traseira, talvez ciente da impunidade para a infração cometida no momento em nossa cidade. Será que poderia haver uma fiscalização mais frequente para esses casos?”
Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
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