No fim da tarde da última quinta-feira, 30 de maio, manifestantes se reuniram na Praça Dermeval Barbosa Moreira para o segundo ato contra os cortes do governo federal na educação. Os atos aconteceram em diversas cidades de 21 estados e no Distrito Federal. Em Nova Friburgo, a manifestação ocorreu de forma pacífica.
Uma das participantes, Carolina Werneck disse que gostou de integrar o movimento e acha importante ter um posicionamento contra os cortes propostos pelo governo federal. “Fiquei encantada com a quantidade de jovens presentes, tanto da rede de ensino privada quanto estadual. Estava marcado para as 17h, mas por volta das 18h começou a encher e no microfone falaram vários professores, relatando suas experiências profissionais, suas dificuldades e como o sucateamento além do corte no ensino que irá piorar a situação”, comentou.
Carolina também contou que durante o ato, aconteceram manifestações culturais, que serviram para engrandecer o momento. “O movimento teve um viés cultural, com apresentação do rapper Edgard, que faz apresentações circenses. Alguns demonstraram preocupação quanto aos cortes propostos pelo governo federal. O professor Rafael apresentou a história da Previdência Social no Brasil, suas mudanças no decorrer do tempo e soluções para evitar o corte de verbas”, enumerou a jovem.
Maria Clara Estoducto também foi uma das participantes da manifestação e, segundo ela, é importante que todos estejam munidos de conhecimento, senso crítico e coletividade. “A aula pública sobre a reforma da Previdência ministrada por um professor de história nos deu ciência sobre o tema e nos fortalecermos cada vez mais acerca dos direitos que estão sendo retirados de forma explícita dos trabalhadores e trabalhadoras. A presença da juventude, que está tomando frentes nos atos, foi algo bem animador de observar aqui na cidade. A ideia é ocuparmos cada vez mais as ruas e deixar clara a nossa resistência frente aos cortes orçamentários e à perseguição ideológica que o atual governo pretende impor ao ensino público, dentre eles, as universidades”, disse.
Reação do MEC
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, divulgou nota estimulando pais e alunos a fazerem denúncias à ouvidoria do órgão, caso presenciassem a divulgação dos protestos durante o horário escolar. A nota condenava o que o ministro chamou de "coação para que estudantes e professores" participassem de protestos e incentivou que as supostas tentativas de coação fossem denunciadas à ouvidoria do MEC. Entidades estudantis e partidos, no entanto, condenaram a nota do ministério e afirmaram que os manifestantes foram às ruas porque querem defender a educação.
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