Na semana em que deveríamos comemorar o Dia do Planeta Terra - 24 de abril, o bicho-homem deveria aproveitar para fazer uma reflexão sobre como vem (des)cuidando, ((des/mal)tratando a nossa “casa” e, se envergonhar.
O ser humano está exaurindo os recursos naturais da Terra em uma velocidade superior ao que a natureza consegue se recompor, colocando em risco a sobrevivência das futuras gerações. E no presente, se auto-flagelando com epidemias e sofrimento por todo o planeta. O alerta vem sendo divulgado, reiteradamente, por ambientalistas.
Precisamos refletir sobre os padrões de consumo de nossa sociedade. Uma das principais questões no Brasil, hoje, mais do nunca, exige debate sobre o uso do solo - cada vez mais destinado para a agropecuária, que gera desmatamentos para plantações e criação de gado.
“É preciso parar de converter os ecossistemas. Temos que mudar a produção, sem ir para cima dos ambientes naturais”, alerta o diretor da WWF-Brasil, Mauricio Voivodic, que também apontou o aumento no desmatamento em unidades de conservação no país por falta de proteção. “Não basta criar. Temos que fortalecer e consolidar as unidades de conservação”.
A velocidade de degradação do planeta e dos biomas brasileiros também preocupa o ambientalista Bráulio Dias, ex-secretário executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU. Ele demonstrou que grande parte dos ambientes naturais brasileiros já foram devastados, com destaque para a Mata Atlântica, que perdeu 78% de sua área original. “Temos mais de mil espécies de nossa fauna ameaçadas de extinção”, alertou.
Apesar da falta de sensibilidade dos que nos governam, para muitos de nós, há esperança. Gente como o produtor de mel, Luís Moraes, e a produtora de alimentos orgânicos, Jovelina Fonseca. “Acredito no ser humano. Apesar dos valores distorcidos, da falta de cuidado com o outro, do corre-corre da vida levando cada vez mais ao imediatismo. São três forças que não estão deixando o coletivo enxergar o ambiente que estamos deixando para as futuras gerações. Existem muitas formiguinhas fazendo e buscando soluções para diminuir a degradação ambiental. Precisamos é aumentar os formigueiros do bem”, falou Jovelina.
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